
“...Dentro de
uma visão psicológica transpessoal , espiritual profunda, a mãe é o arquétipo
da ligação com Deus. A função principal da mãe é a de fornecer esse modelo de
ligação da criança com Deus, porque é a mãe que nos gera. Ao nos gerar, ela nos
propicia a existência momentânea no corpo, da mesma forma que Deus nos gera a
existência espiritual. Divide conosco as suas emoções mais íntimas durante toda
a gestação.
Por isso ela nos
deve dar respaldo emocional, aconchego e orientação. Até aos sete primeiros
anos de vida é a nossa extensão, por isso é o Arquétipo Divino.”
“...Deus é o
criador, e a mãe é co-criadora por excelência...”
“...a mãe
co-cria oferecendo o seu próprio corpo, seu sangue, sua vida, toda uma série de
funções biológicas, bem como espirituais.”
“...Durante a
concepção há um acoplamento do perispírito do filho ao perispírito da mãe para
o seu nutrimento não apenas biológico, mas, sobretudo, espiritual. Essa ligação
energética espiritual é tão forte que perdura até aos sete anos de vida da
criança, por uma espécie de cordão umbilical fluídico que une intensamente o
filho à sua mãe.”
“...O Espírito é
acoplado ao perispírito da mãe, permanencendo ligado por esse cordão fluídico
que é criado no instante da concepção. Durante toda a gestação haverá o
desenvolvimento do cordão umbilical físico. Na hora do parto é necessário
cortar o cordão umbilical do corpo físico, porque uma parte dele prende-se à
placenta que vai ser descartada. Corta-se e há um desfazimento do cordão
umbilical físico, mas o fluídico permanece.
O cordão
umbilical fluídico permanece estabelecendo a ligação perispiritual. A criança,
ao sair do útero da mãe, não tem mais a ligação física, mas continua existindo
a ligação psíquica e perispiritual.”
“...Esse cordão
umbilical fluídico vai persistir de uma forma mais intensa até o final da
primeira infância, aos 7 anos, quando se completa a reencarnação do Espírito.
Na segunda infância, começa a se desfazer para desaparecer completamente no
início da adolescência. Dessa ligação fluídica, perispírito com perispírito, é
que surge esse sexto sentido que as mães, que realmente aceitam ser representantes
do Arquétipo Divino, têm em relação aos seus filhos.”
“...Esse cordão
fluídico é necessário porque há uma relação de dependência grande entre a mãe e
a criança. A criança já pode viver fora do útero da mãe, mas não pode viver
independentemente da mãe. A criança requer amamentação, carinho, cuidado e por
isso essa ligação energética permanece.
Como a mãe é o
Arquétipo Divino é ela que faz a ligação da criança com Deus. Esse cordão
fluídico vai ser fundamental nessa ligação. É a mãe que tem como compromisso
oferecer suporte emocional. Na primeira infância isso é até mais importante que
a alimentação, como indicam muitas pesquisas em relação à afetividade na
primeira infância.
No caso de
crianças órfãs ou das que são abandonadas por suas mães, essa ligação fluídica
vai ser reestabelecida pela mãe adotiva. No caso de não haver essa
substituição, uma grande expiação para o espírito encarnado, o desenvolvimento
da criança não é normal.”
“...Então, por
isso tudo, por essa especialidade da mulher-mãe, ela terá com seu filho todo
esse encanto maior e, se ela souber fazer uso disso, essa mãe, talhada pelo
Arquétipo Divino, terá condições de tornar um Espírito despótico, reencarnado
para transformar esse caráter, em um ser brando e humilde de coração, conforme
convida Jesus.
Portanto, a mãe
é o Arquétipo do Divino em todos nós. O objetivo principal da maternidade é ser
esse Arquétipo Divino, que remete o filho a Deus. A maternidade é algo
verdadeiramente sagrado.”
*arquétipo – modelo ou padrão passível de ser reproduzido;
imagem primordial.
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
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