Thursday, November 13, 2014

Silêncio, por favor, Chico vai falar: O Instante da gestação em que ocorre a reencarnação



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UNIÃO DA ALMA E DO CORPO

344. Em que momento a alma se une ao corpo?

“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

345. É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?

“É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.”

351. No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, goza o Espírito de todas as suas faculdades?

“Mais ou menos, conforme o ponto, em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito a ser tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao nascimento. Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito.”

352. Imediatamente ao nascer recobra o Espírito a plenitude das suas faculdades?

“Não, elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa existência nova; preciso é que aprenda a servir-se dos instrumentos de que dispõe. As idéias lhe voltam pouco a pouco, como a uma pessoa que desperta e se vê em situação diversa da que ocupava na véspera.”

(Livro: “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, cap. VII, Da Volta do Espírito à Vida Corporal, União da Alma e do Corpo – ed. FEB)
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

Tuesday, November 11, 2014

A sabedoria do tempo

Tempo, oh! tempo! Blasfêmias e injúrias queremos te impor. Porém tu, amoroso tempo, segues-nos os passos e guias-nos com a mansidão dos imaculados. Sábio professor dos dias, que provas a todos nós, os ébrios do egoísmo e orgulho, o engano dos sonhos viciados.

Efetiva medicina divina, tempo dos tempos que nos prescreve a paciência; previdente remédio para as viciantes dores, e que fecha abertas feridas, causadas pela nossa própria impertinência.
 

Tempo amigo do homem, socorro para a cólera que nos queima a alma. Tempo que abranda o coração em chamas e ensina a calma dos que verdadeiramente amam.

Senhor das oportunidades redentoras, tempo que nos dissipa obsessivas chagas inesgotáveis, e nos orienta à sabedoria do perdão dos que outrora eram erros inescusáveis.

Amigo da reconciliação, tempo que aconselha os corações desesperados e indica a reflexão. Tempo que nunca desiste e amolece os mais inflexíveis trevosos, levantando-os da lama, projetando-os gloriosos à celeste renovação.

- Não te aflijas com o julgamento indevido, daqueles que te perseguem! – nos canta o tempo, docemente, aos ouvidos; e completa – Eu trago todo engano à luz, leve-me o tempo que o meu tempo necessitar!

E sussurra, ele, ainda: - Não te desesperes tu, também, por ter mal julgado o teu próximo, barateado seus sentimentos, lhe faltado com a compaixão! Serei misericordioso e lhe darei, sempre, a oportunidade de retificação.

Tempo, inabalável e incorruptível, jamais nos falta com a boa lição; fiel ferramenta para a terapia do amor fraterno, nos concede sempre a luz para sair da escuridão.

Sobre tu que ainda não bem compreendemos, poderoso tempo que tudo fazes progredir, num espaço de tempo sem início, na grandeza de que nunca terás meio e fim.

Tempo, oh! tempo! Quão grande é a nossa gratidão, pois não te importas com a nossa ferocidade e velas-nos sem exaustão.

Fraternalmente,

Gabriela Junqueira Balassiano
Refletindo o Espiritismo