André Luiz sente muita vontade de começar a trabalhar
mas não se sente apto à medicina espiritual
“...Minha
posição ali, contudo, era assaz humilde para me atrever. Os médicos espirituais
eram detentores de técnica diferente. No planeta, sabia que meu direito de
intervir começava nos livros conhecidos e nos títulos conquistados; mas,
naquele ambiente novo, a medicina começava no coração, exteriorizando-se em
amor e cuidado fraternal. Qualquer enfermeiro, dos mais simples, em
'Nosso
Lar', tinha conhecimentos e possibilidades muito superiores à minha ciência.
Inexeqüível, portanto, qualquer tentativa de trabalho espontâneo, por
constituir, a meu ver, invasão de seara alheia...”
André Luiz pede a Clarêncio trabalho na Colônia
“...Não seria
repetir os erros humanos, dentro dos quais a vaidade não tolera outro gênero de
atividade senão o correspondente aos preceitos dos títulos nobiliárquicos, ou
acadêmicos?”
“...às vezes o
Pai nos honra com a Sua confiança e nós desvirtuamos os verdadeiros títulos de
serviço...”
“...toda tarefa
na Terra, no campo das profissões, é convite do Pai para que o homem penetre os
templos divinos do trabalho. O título, para nós, é simplesmente uma ficha; mas,
no mundo, costuma representar uma porta aberta a todos os disparates...”
“...Muitos
profissionais da medicina, no planeta, são prisioneiros das salas acadêmicas,
porque a vaidade lhes roubou a chave do cárcere. Raros conseguem atravessar o
pântano dos interesses inferiores...”
O espírito de serviço deve se manifestar antes do
espírito de investigação. Conselhos da Senhora Laura a André antes dele iniciar
suas visitas aos Ministérios
“... abandone,
quanto lhe seja possível, os propósitos de mera curiosidade...”
“... Não esqueça
que poderá obter valores mais preciosos e dignos que a simples análise das
coisas. A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito interessante,
mas perigosa, por vezes. Dentro dela, o espírito desassombrado e leal consegue
movimentar-se em atividades nobilitantes; mas os indecisos e inexperientes
podem conhecer dores amargas, sem proveito para ninguém...”
“... não se
limite a observar. Ao invés de albergar a curiosidade, medite no trabalho e
atire-se a ele na primeira ocasião que se ofereça...”
“... Aprenda a
construir o seu círculo de simpatias e não olvide que o espírito de investigação
deve manifestar-se após o espírito de serviço. Pesquisar atividades alheias,
sem testemunhos no bem, pode ser criminoso atrevimento. Muitos fracassos, nas
edificações do mundo, originam-se de semelhante anomalia. Todos querem
observar, raros se dispõem a realizar. Somente o trabalho digno confere ao
espírito o merecimento indispensável a quaisquer direitos novos...”
“... Não se
considere, porém, humilhado por atender às tarefas humildes. Lembro-lhe que em
todas as nossas esferas, desde o planeta até os núcleos mais elevados das zonas
superiores, em nos referindo à Terra, o Maior Trabalhador é o próprio Cristo e
que Ele não desdenhou o serrote pesado de uma carpintaria...”
“... Trabalhe
para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem.”(Livro: Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, editora FEB)
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