Há muitos dias estamos em agonia, na fraternal vontade de escrever algo sério e preocupante, porém sublime, com relação ao terrorismo.
Foi, então, que como um presente dos céus, nos chega a Terra, este texto
perfeito, de nosso querido Divaldo Franco. Segue, abaixo, na íntegra.
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
ANTE O TERRORISMO
Divaldo Franco escreve quinta feira, quinzenalmente.
O golpe foi de uma crueza ímpar. Ainda nos encontramos chocados.
Repetiu-se a tragédia que vem ameaçando as criaturas humanas nos últimos anos,
tal seja, o terrorismo provocado pelo fanatismo religioso perverso. A resposta
da França e da sociedade foi imediata, enquanto se mobilizaram todos os
recursos possíveis, para alcançar-se os criminosos e puni-los devidamente. Os
direitos humanos, especialmente o da liberdade de pensamento, de palavra e de
ação, são inderrogáveis. Conquistados com incontáveis sacrifícios ao largo dos
séculos, são uma das mais grandiosas conquistas do processo evolutivo da
sociedade.
Ninguém pode interditar a liberdade de movimento e ação das criaturas
humanas, nem proibir, perseguir, impedir a liberdade da palavra, seja ela
verbal ou gráfica, exceção feita por ocasião de regimes arbitrários. Se tal
viesse a acontecer, e às vezes ocorre, trata-se de um terrível retrocesso ao
passado lamentável, quando éramos escravos da prepotência e da estupidez.
No caso em foco, o lápis é mais poderoso do que o fuzil. Mata-se o
indivíduo, mas não se aniquila o pensamento, que somente pode ser suplantado
por outro de maior magnitude. Herança da barbárie, o fanatismo religioso,
político ou qualquer espécie, indignifica o ser humano e dele faz vítima do
sicário das vidas que o cercam. Isto somente ocorre em razão do estágio
primário do processo antropológico da evolução, que retém o indivíduo na furna
do egoísmo e do atraso moral.
É inevitável que cresçamos na direção da plenitude, e o amor com
respeito ao direito alheio é o sentimento que deve permanecer inviolável em
todos os passos da sociedade. Todos devemos repudiar a intolerância, a
prevalência da força sobre o direito à vida, contribuindo de maneira eficaz
pela solidariedade, para que alcancemos a meta pretendida que é a felicidade.
Repito com os milhões de cidadãos que hoje levantam a bandeira da liberdade
proclamando: Je suis Charlie.
DIVALDO FRANCO
(Texto transcrito da página oficial da Mansão do Caminho, no Facebook,
postado no dia 16.01.2015)
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