Em geral,
quando nos referimos aos vultos masculinos que se movimentam na tela gloriosa
da missão de Jesus, atendemos para a precariedade dos seus companheiros,
fixando, quase sempre, somente os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso,
porém, observar que, a par de beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes,
de perseguidores cruéis e de discípulos vacilantes, houve um homem integral que
atendeu a Jesus, hipotecando-lhe o coração sem mácula e a consciência pura.
José da
Galiléia foi um homem tão profundamente espiritual que seu vulto sublime escapa
às análises limitadas de quem não pode prescindir do material humano para um
serviço de definições.
Já pensaste
no cristianismo sem ele?
Quando se
fala excessivamente em falência das criaturas, recordemos que houve tempo em
que Maria e o Cristo foram confiados pelas Forças Divinas a um homem.
Entretanto,
embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão
alta.
Não obstante
contemplas a sedução que Jesus exercia sobre os doutores, nunca abandonou a sua
carpintaria.
O mundo não
tem outras notícias de suas atividades senão aquelas de atender às ordenações
humanas, cumprindo um édito de César e as que no-lo mostram no templo e no lar,
entre a adoração e o trabalho.
Sem qualquer
situação de evidência, deu a Jesus tudo quanto podia dar.
A ele deve o
cristianismo à porta da primeira hora, mas José passou no mundo dentro do
divino silêncio de Deus.
Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
Livro: Levantar e Seguir
Capitulo: 09
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo