Wednesday, July 31, 2013

Corpo

“Abstendo-nos de qualquer digressão científica, porquanto os livros técnicos de educação usual são suficientemente esclarecedores no que reporta aos aspectos exteriores do corpo humano, lembremo-nos de que o Espírito, inquilino da casa física, lhe preside à formação e à sustentação, consciente ou inconscientemente, desde a hora primeira da organização fetal, não obstante quase sempre sob os cuidados protetores de Mensageiros da Providência Divina.

Trazendo consigo mesmo a soma dos reflexos bons e menos bons de que é portador, segundo a colheita de méritos e prejuízos que semeou para si mesmo no solo do tempo, o Espírito incorpora aos moldes reduzidos do próprio ser as células do equipamento humano, associando-as à própria vida, desde a vesícula germinal.

Amparado no colo materno, estrutura-se-lhe o corpo mediante as células referidas, que, em se multiplicando ao redor da matriz espiritual, como a limalha de ferro sobre o ímã, formam, a principio, os folhetos blastodérmicos de que se derivam o tubo intestinal, o tubo nervoso, o tecido cutâneo, os ossos, os músculos, os vasos.

Em breve, atendendo ao desenvolvimento espontâneo, acha-se o Espírito materializado na arena física, manifestando-se pelo veículo carnal que o exprime. Esse veículo, constituído por bilhões de células ou individuações microscópicas, que se ajustam aos tecidos sutis da alma, partilhando-lhes a natureza eletromagnética, lembra uma oficina complexa, formada de bilhões de motores infinitesimais, movidos por oscilações eletromagnéticas, em comprimento de onda específica, emitindo irradiações próprias e assimilando as irradiações do plano em que se encontram, tudo sob o comando de um único diretor: a mente.

Desde a fase embrionária do instrumento em que se manifestará no mundo, o Espírito nele plasma os reflexos que lhe são próprios.

Criaturas existem tão conturbadas além-túmulo com os problemas decorrentes do suicídio e do homicídio, da delinqüência e da viciação, que, trazidas ao renascimento, demonstram, de imediato, os mais dolorosos desequilíbrios, pela disfunção vibratória que os cataloga nos quadros da patologia celular.

As enfermidades congênitas nada mais são que reflexos da posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a internação na esfera física, às vezes por prazo curto, para tratamento da desarmonia interior em que fomos comprometidos.

Surgem, porém, outras cambiantes dos reflexos do passado na existência do corpo, da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos.

São plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão.

É por isso que, muitas vezes, consoante os programas traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura é visitada por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a saúde.

Contudo, é imperioso lembrar que reflexos geram reflexos e que não há pagamento sem justos atenuantes, quando o devedor se revela amigo da solução dos próprios débitos.

A prática do bem, simples e infatigável pode modificar a rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante, interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio, segundo a lei do auxílio.”

(Livro: Pensamento e Vida, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 14, ed. FEB)

 

Monday, July 29, 2013

A essência da compaixão

Numa mesa de almoço, um avô percebe que a neta de onze anos está calada.

Subitamente, ela desaba a chorar e se dirige para outro aposento da casa.

O avô, intrigado, segue a neta querida, que já se sentava sobre o sofá da sala com a cabeça baixa.

O que foi, minha querida? O que aconteceu?

Vovô, quando vejo uma pessoa sofrendo eu sofro também. O meu coração fica junto ao coração dela...

O avô compreendeu que ela chorava porque se lembrava de alguém que estava sofrendo.

A menina, de pouco mais de uma década de vida, descobria ali a essência da compaixão.

Fernando Pessoa, através de Ricardo Reais, diz assim:

Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Nem distingue a memória do que vi, do que fui.

Aqui se encontra uma das marcas da nossa humanidade. - Proclama Ruben Alves.

Vejo algo fora de mim. Mas os meus olhos trazem o que está fora para dentro de mim.

Aquele arbusto - ora, aquele arbusto... Vegetal, nada tem a ver com o poeta. Mas os meus olhos o veem e percebem que ele está fenecendo.

Sou movido por uma imensa e irracional compaixão. Recolho o arbusto que fenece dentro de mim. E eu feneço também.

*   *   *

A compaixão tem tal poder, e por isso é agente supremo do amor na Terra. É através dela, inicialmente, que a caridade poderá se manifestar.

Precisamos estar no lugar do outro, sentir o que ele sente, e esse sentimento provocar em nós a urgência da ação.

A compaixão é diferente da pena. A pena é estática, distante, não exige envolvimento com o outro.

A compaixão, por sua vez, é dinâmica, proativa, e implica no envolvimento profundo com a vida alheia.

Em tudo quanto olha, ela fica em parte, sim.

Em tudo quanto olha, ela se identifica, pois não consegue se ver sozinha neste mundo. Ela enxerga muito mais o nós do que o eu.

É ela que está salvando este mundo. É ela que está acelerando a mudança para o bem que vem se operando na Humanidade nos últimos tempos.

É a agente da regeneração. Irmã bendita da caridade.

Sem ela a insensibilidade toma conta, congela, paralisa.

Sem ela somos apenas instinto de sobrevivência, sem sentimento algum.

Sem ela, estagnamos a evolução individual, pois sem envolvimento com o ser coletivo, o crescimento pessoal é limitado.

Compaixão... Tenhamos hoje esta virtude como meta.

Como anda o desenvolvimento dela em seu coração?

O que você pode fazer para colocá-la em prática hoje?

As oportunidades virão. Precisamos estar prontos para ela.

Sejamos agentes de transformação do mundo, de braços dados com a compaixão, sempre.

(Redação do Momento Espírita com trecho do cap. 33, do livro O sapo que queria ser príncipe, de Ruben Alves, ed. Planeta. Em 14.07.2009.)

Website Momento Espírita: http://www.momento.com.br/pt/index.php

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo 
 
 

Friday, July 26, 2013

Adágio de Albinoni, um belíssimo exemplo de inspiração artística da Espiritualidade Maior!

Emmanuel nos fala sobre a obsessão

“Observando-se a mediunidade como sintonia, a obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si.

Fenômeno de reflexão pura e simples, não ocorre tão-somente dos chamados mortos para os chamados vivos, porque, na essência, muita vez aparece entre os próprios Espíritos encarnados a se subjugarem reciprocamente pelos fios invisíveis da sugestão.

A mente que se dirige a outra cria imagens para fazer-se notada e compreendida, prescindindo da palavra e da ação para insinuar-se, porquanto, ambientando a repetição, atinge o objetivo que demanda, projetando-se sobre aquela que procura influenciar.

E, se a mente visada sintoniza com a onda criadora lançada sobre ela, inicia-se vivo circuito de força, dentro do qual a palavra e a ação se incumbem de consolidar a correspondência, formando o círculo de encantamento em que o obsessor e o obsidiado passam a viver, agindo e reagindo um sobre o outro.

Não há, por isto, obsessão unilateral. Toda ocorrência desta espécie se nutre à base de intercâmbio mais ou menos completo.

Quanto mais sustentadas as imagens inferiores de um Espírito para outro, em regime de permuta constante, mais profundo o poder da obsessão, de vez que se afastam da justa realidade para o circuito de sombra em que entregam a mútuo fascínio.

É o mesmo que se verifica com a pedra quando em serviço de gravação. Quanto mais repetida a passagem do buril, mais entranhado o sulco destinado a perpetuar a minudência da imagem.

Lembremo-nos, ainda, do disco comum, em cujas reentrâncias sutis permanecem os sons fixados para repetição à nossa vontade. Muita vez a mente obsidiada se assemelha à chapa de ebonite, arquivando ordens e avisos do obsessor (notadamente durante o sono habitual, quando liberamos os próprios reflexos, sem o controle da nossa consciência de limiar), ordens e avisos que a pessoa obsessa atende, de modo quase automático, qual o instrumento passivo da experiência magnética, no cumprimento de sugestões pós-hipnóticas.

Quanto mais nos rendamos a essa ou àquela idéia, no imo de nós mesmos, com maior força nos convertemos nela, a expressar-lhe os desígnios.

É assim que se formam estranhos desequilíbrios que, em muitas circunstâncias, concretizam moléstia e desalento, aflição e loucura, quando não plasmam a crueldade e a morte.

Toda obsessão começa pelo debuxo vago do pensamento alheio que nos visita, oculto. Hoje é um pingo de sombra, amanhã linha firme, para, depois, fazer-se um painel vigoroso, do qual assimilamos apelos infelizes que nos aprisionam em turbilhões de trevas.

Urge, pois, que saibamos fugir, desassombrados, aos enganos da inércia, porque o espelho ocioso de nossa vida em sombra pode ser longamente viciado e detido pelas forças do mal que, em nos vampirizando, estendem sobre os outros as teias infernais da miséria e do crime.

Dar novo pasto à mente pelo estudo que eleve e consagrar-se em paz ao serviço incessante é a fórmula ideal para libertar-se de todas as algemas, pois que, na aquisição de bênçãos para o espírito e no auxílio espontâneo à vida que nos cerca, refletiremos sempre a Esfera Superior, avançando, por fim, da cegueira mental para a divina luz da Divina Visão.”
 
(Livro: Pensamento e Vida, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 27, ed. FEB)

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
 

Tuesday, July 23, 2013

Um Lindo Soneto da Poetisa Espírita Mônica Brandão

Por Uma Vida Verdadeira
 

No coração, a semente,

Que a celestial piedade

De teu olhar indulgente

Transforma em caridade.
 

Infinitas oportunidades

Te convidam ao festim,

Onde a simplicidade

É a veste, o teu sim
 

E quando o amor vencer,

Nos frutos a cem por um

Pelo nosso modo de ser;
 

A paz nos será companheira,

O amor, o bem comum

E a vida, verdadeira.

 

Mônica Brandão

 

 

Este soneto foi criado pela poetisa Mônica Brandão, inspirada na última Comeerj (Confraternização das Mocidades Espíritas dos Estado do Rio de Janeiro), cujo tema foi “No teu coração, uma semente. Que frutos dará?”

 

Sunday, July 21, 2013

Grupo Jovem "Patrícia"

 
 


O Futuro da Medicina

Medicina Espiritual

“A saúde humana nunca será o produto de comprimidos, de anestésicos, de soros, de alimentação artificialíssima. O homem terá de voltar os olhos para a terapêutica natural, que reside em si mesmo, na sua personalidade e no seu meio ambiente. Há necessidade, nos tempos atuais, de se extinguirem os absurdos da “fisiologia dirigida”. A medicina precisa criar os processos naturais de equilíbrio psíquico, em cujo organismo, se bem que remoto para as suas atividades anatômicas, se localizam todas as causas dos fenômenos orgânicos tangíveis. A medicina do futuro terá de ser eminentemente espiritual, posição difícil de ser atualmente alcançada, em razão da febre maldita do ouro; mas os apóstolos dessas realidades grandiosas não tardarão a surgir nos horizontes acadêmicos do mundo, testemunhando o novo ciclo evolutivo da Humanidade. O estado precário da saúde dos homens, nos dias que passam, tem o seu ascendente na longa série de abusos individuais e coletivos das criaturas, desviadas da lei sábia e justa da Natureza. A Civilização, na sua sede de bem-estar, parece haver homologado todos os vícios da alimentação, dos costumes, do sexo e do trabalho. Todavia, os homens caminham para as mais profundas sínteses espirituais. A máquina, que estabeleceu tanta miséria no mundo, suprimindo o operário e intensificando a facilidade da produção, há de trazer, igualmente, uma nova concepção da civilização que multiplicou os requintes do gosto humano, complicando os problemas de saúde; há de ensinar às criaturas a maneira de viverem em harmonia com a Natureza.”

O Mundo Marcha para a Síntese

“Marcha-se para a síntese e não deve causar surpresa a ninguém a minha assertiva de que não vos achais na época em que a ciência prática da vida vos ensinará o método do equilíbrio perfeito, em matéria de saúde. Os corpos humanos serão alimentados, segundo as suas necessidades especiais, sem dispêndio excessivo de energias orgânicas. As proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras, que constituem as matérias-primas para a produção de calorias necessárias à conservação do vosso corpo e que representam o celeiro das economias físicas do vosso organismo, não serão tomados de maneira a prejudicar-se o metabolismo, estabelecendo-se, dessa forma, uma harmonia perfeita no complexo celular da vossa personalidade tangível, harmonia essa que perdurará até o fenômeno da desencarnação.

Mas, todas essas exposições objetivam a necessidade de aplicarmos largamente as nossas possibilidades na solução dos problemas humanos para a melhoria do futuro.

É verdade que, por muito tempo ainda, teremos, em oposição ao nosso idealismo, a questão do interesse e do dinheiro, porém, trabalhemos confiantes na misericórdia divina.

Emprestemos o nosso concurso a todas as iniciativas que nobilitem o penoso esforço das coletividades humanas, e não olvidemos que todo bem praticado reverterá em benefício da nossa própria individualidade.

Trabalhemos sempre com o pensamento voltado para Jesus, reconhecendo que a preguiça, a suscetibilidade e a impaciência nunca foram atributos das almas desassombradas e valorosas.

Emmanuel

(Livro: Emmanuel, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)
 
 
 
 

A Reencarnação de Emmanuel

Wednesday, July 17, 2013

Suicídio, um penoso engano

A vida continua! Nós todos continuamos a viver depois da morte!

O suicídio não põe fim aos nossos problemas e dramas de qualquer natureza mas, ao contrário, os agravam.
Somos seres eternos, em progresso contínuo, e sempre teremos que saldar as nossas dívidas adquiridas em vidas pregressas.

O suicídio é um engano, uma esperança vã!
Procure ajuda!
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“Quais são as primeiras impressões dos que desencarnam por suicídio?
- A primeira decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.

Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. Anos a fio, sentem as impressões terríveis do tóxico que lhes aniquilou as energias, a perfuração do cérebro pelo corpo estranho partido da arma usada no gesto supremo, o peso das rodas pesadas sob as quais se atiraram na ânsia de desertar da vida, a passagem das águas silenciosas e tristes sobre os seus despojos, onde procuraram o olvido criminoso de suas tarefas no mundo e, comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido.
De todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia.”

Emmanuel
(O Consolador, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)

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“- O suicídio é a culminância de um estado de alienação que se instala sutilmente. O candidato não pensa com equilíbrio, não se dá conta dos males que o seu gesto produz naqueles que o amam. Como perde a capacidade de discernimento, apega-se-lhe como única solução, esquecido de que o tempo equaciona sempre todos os problemas, não raro, melhor do que a precipitação. A pressa nervosa por fugir, o desespero que se instala no íntimo, empurram o enfermo para a saída sem retorno...”

Manoel P. de Miranda
(Loucura e Obsessão, psicografia de Divaldo P. Franco, ed. FEB)

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“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. – Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. – Bem-aventurados os que sofrem preseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus.” (S. Mateus, cap. V, vv. 5, 6 e 10)
“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio...”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, Bem-aventurados os aflitos, Allan Kardec, Ed. FEB)


Divaldo Franco conta a história do suicídio de sua irmã Nair
 


Oração aos Suicidas: http://refletindooespiritismo.blogspot.com/2013/11/oracao-aos-suicidas.html

Leia a monumental obra espírita "Memórias de um Suicida": http://refletindooespiritismo.blogspot.com/2013/12/memorias-de-um-suicida.html
 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

 

Livros Espíritas para Centros no Japão



 
 
 

Sunday, July 14, 2013

Há 2000 Anos...

Dentro da seleção de livros Espíritas para nossa educação cristã e melhor entendimento sobre a eternidade da vida, reencarnação, amor incondicional, pluralidade dos mundos, entre outros ensinamentos da Doutrina Espírita, é imprescindível contar esta obra histórica intitulada “Há 2000 Anos...”.

Este é um trabalho grandioso, ditado pelo Espírito Emmanuel sobre a sua vida como o Senador Públio Lentulus, na época em que Jesus esteve entre nós, com psicografia do inigualável médium Francisco Cândido Xavier.
Além dos conceitos doutrinários, são passadas informações, incontestáveis para nós Espíritas, sobre as características físicas e pessoais do Mestre Jesus.

É um livro que merece ser lido inúmeras vezes, sempre sob um novo olhar, mais maduro e despido de preconceitos.
E para ficarmos com aquela vontade de iniciar sua leitura imediatamente, reproduzimos, abaixo, o trecho em que Emmanuel narra seu encontro, como Públio Lentulus, com o Nazareno, na cidade de Cafarnaum. Vejamos como o autor espiritual nos descreve a figura divina de Jesus e sua personalidade elevada, que nos arranca os mais puros sentimentos:

“...Diante de seus olhos ansiosos, estacara personalidade inconfundível e única. Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível...”

“...Aquele sítio deveria ser um santuário de suas meditações e de suas preces, no coração perfumado da Natureza, porque Públio adivinhou que ele orava intensamente, observando que lágrimas copiosas lhe lavavam o rosto, banhado então por uma claridade branda, evidenciando a sua beleza serena e indefinível melancolia...”

(Livro: Há 2000 Anos..., psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, ed. FEB)
Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo
Links para download:

http://www.cefamiami.com/images/literaturagratis/ha2000anos.pdf

http://doutrinaespiritadigital.blogspot.com/2012/01/ha-2000-anos-download-e-audio-livro.html

http://audioespirita.net/ha-2000-ano/

http://livrosdechicoxavier.blogspot.com/2010/08/download-livro-ha-2000-anos.html

http://lista.mercadolivre.com.br/livro%3A-h%C3%A1-2000-anos---sebo-cazavelha

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=3436485&csParam=%7B%22feature%22%3A%22similaritems%22%2C%22source%22%3A%22Detalhes%20de%20Produto%20-%20Livros%22%2C%22recType%22%3A%22similaritems%22%7D

Friday, July 12, 2013

Entrevista: John Gilbert Maciel

John Gilbert Maciel é Engenheiro Eletrônico, nasceu e cresceu em berço espírita, em São Mateus do Sul, no Paraná, uma pequena cidade situada a 140 km ao sudoeste de Curitiba.

John é bisneto de Manoel Figueira Neto, um português do Alentejo, que converteu-se ao Espiritismo em torno de 1870. Iniciador do Consolador prometido em São Mateus do Sul, Manoel fundou na cidade, em 1942, a Casa Espírita Manoel Figueira Neto.

Dando continuidade aos trabalhos edificados por Manoel, o pai de John, Gregório Figueira Maciel, também se destacou no movimento Espírita da cidade e foi um grande estudioso do Espiritismo, deixando uma biblioteca com mais de 7.000 livros e dezenas de edições da Revista Espírita.

E foi neste ambiente iluminado que John começou seus estudos na Doutrina Espírita aos sete anos de idade e aos 22 iniciou-se na prática mediúnica.

Mas a história de John estava escrita para continuar em outras terras. Convidado a participar de um projeto da Siemens nos Estados Unidos, John embarcou nesta aventura, que já dura 16 anos. E, além da oportunidade profissional, o irmão continuou atuante no movimento Espírita junto a outros brasileiros e aos norte-americanos.

John chegou na Flórida e lá participou de três Centros Espíritas. Em dezembro de 2007 mudou-se para Dallas e, desde então, frequenta a Spiritist Society of Dallas, a SSD.

Muito atuante nas atividades da Casa, John já assumiu o cargo de vice-presidente, entre 2009 e 2011. Hoje está focado nas suas palestras e nos cursos doutrinários que ele ministra.

John é um defensor da Federação Espírita Brasileira, pois acredita que sem leme o movimento irá desintegrar-se, ou tomará rumos hediondos.
 
Leia mais sobre John e seu trabalho dentro da Doutrina Espírita nos EUA, na entrevista abaixo:

RE - Como você iniciou suas atividades doutrinárias nos EUA?
JM - Participei do movimento Espírita nos EUA já desde a Flórida, logo após ter chegado aqui em 1997, em três diferentes Centros. Mas só fui atuar em atividades doutrinárias depois de dezembro de 2007, quando mudei-me para Dallas, na Spiritist Society of Dallas.

RE - Como surgiu o Spiritist Society of Dallas?
JM - Quando cheguei a Dallas, em dezembro de 2007, nosso Centro Espírita se chamava Grupo Espírita Francisco de Assis e já operava no endereço atual, na Forest Lane, há alguns poucos meses. Antes da Forest Lane havia um grupo de pessoas que se reuniam em salão de restaurante (vazio), garagem, casa de alguém. Foi assim que surgiu nosso grupo atual.

RE - Como funciona o Centro Espírita hoje? Quais são as atividades doutrinárias oferecidas?
JM - Comecemos pelo pilar, que é o público: nossas reuniões públicas são terças-feiras, em português, das 20:00 às 21:00. Nas quartas-feiras temos a reunião pública em inglês, das 19:00 às 20:00. Também possuímos três grupos frequentando uma classe que chamamos “Terapia do Evangelho”. O primeiro grupo se reúne quintas-feiras, das 18:00 às 19:15, no idioma português. Neste mesmo dia e horário temos um segundo grupo no idioma inglês, com a classe Gospel Therapy. Aos sábados temos esta mesma classe, das 15:00 às 16:15, em português.
Nas quintas-feiras, das 20:00 às 21:00, temos a classe Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, ou ESDE, um curso produzido pela Federação Espírita Brasileira, no idioma português. Também na quinta-feira, das 21:15 às 22:00 temos nossa reunião mediúnica, mas esta é reservada para aqueles que já passaram pelo curso de médiuns que a casa oferece de tempos em tempos. Os cursos de médiuns, a exemplo do ESDE, são cursos longos, que podem levar anos. Nas terças-feiras e nos sábados temos a evangelização infantil, no idioma inglês.

RE - Fale-nos um pouco sobre os irmãos que dirigem esta Casa.
JM - Sem dúvida a Spiritist Society of Dallas só existe pelo desejo, empenho e dedicação da diretoria. Sem eles esta Casa não existiria e eles trabalham duro para que ela continue.

Atualmente a estrutura gerencial do SSD está formada assim:
Presidente: Alberto Colirri
Diretora Financeira: Katia Silva
Diretor Administrativo: Ricardo Leite
Diretora Doutrinária: Laura Colirri

RE - O Centro realiza atividades para arrecadar verbas?
JM - Sim, diversas atividades. Temos um número de membros permanentes, que fazem doações regulares, mensais, e formam a espinha dorsal da arrecadação. Convidamos a todos que podem a fazerem parte desta categoria. Também promovemos encontros anuais, a exemplo da Festa Junina, que geralmente ocorre em maio, devido às altas temperaturas de junho no Texas, ou a “garage sale”, em outubro. Durante o ano promovemos outros encontros com filmes e jantares beneficentes. Estimulamos a doação espontânea através do nosso website http://www.ssdallas.org/ ou em pessoa na portaria da Casa.

RE - Como são realizadas as reuniões públicas e os estudos?
JM - Nas reuniões públicas nós temos uma palestra de cerca de 30-40 minutos e os passes espirituais, tão conhecidos no meio Espírita padrão.
Os estudos são ministrados da forma mais séria e consequente possível, tentando trazer cada indivíduo à sua responsabilidade no espectro da vida física e espiritual. Os participantes possuem seus livros para leitura e estudo e realizam tarefas em classe e em casa.

RE - Como são adquiridos e formatados os materiais de estudo?
JM - Em geral trazemos os livros do Brasil e os disponibilizamos aqui para os participantes. Para os cursos nós fabricamos testes e apresentações em PowerPoint. Cursos como o de médiuns são integralmente formatados pela Casa, utilizando como base livros da FEB.

RE - O Centro tem uma biblioteca? Como vocês conseguem viabilizar os livros?
JM - Sim, temos uma biblioteca pequena, mas que tem atendido a maioria das necessidades prementes. Os livros podem ser levados para leitura em casa após um registro simples. A maior parte destes livros foram doações de particulares. Recomendamos que as doações se limitem aos livros editados ou corroborados pela FEB.

RE - Existem muitos livros Espíritas na língua inglesa? Como está sendo feito o trabalho de tradução para esta língua?
JM - Não muitos, mas a cada dia que passa há mais. Grande parte deste esforço é realizado por editoras como a EDICEI, por exemplo. Nossa casa também tem trabalhado em algumas traduções, através de voluntários dedicados. Este é um trabalho exaustivo e metódico.

RE - Como são realizados os trabalhos mediúnicos?
JM - Nós temos concentrado os trabalhos em resgatar espíritos que já estão prontos para serem transferidos das zonas inferiores para os hospitais de recuperação. Mas também atendemos aos eventuais errantes que passam pela Casa naquela hora. Médiuns psicofônicos recebem estes espíritos que são, então, esclarecidos por dialogadores capacitados.

RE - Como é recebida a Doutrina Espírita pelos norte-americanos?
JM - Quando nós pensamos em “Espiritismo” nossa mente imediatamente nos remete ao formato de pensamento e interação brasileiros. É inevitável, pois somos brasileiros. O povo norte-americano, bem como o europeu ou asiático, são bem distintos culturalmente e em especial no quesito religião. Nossa penetração nos EUA entre americanos é infinitesimal e daí que ainda não nos é possível ter uma opinião correta, mas só especulativa e a esta devemos evitar.

RE - Qual é a frequência de norte-americanos no Centro?
JM - Em nossa casa é muito pequena, inferior a 1%.

RE - Existem irmãos de outras nacionalidades que procuram a Casa, além dos norte-americanos?
JM - Sim, tivemos alguns casos. Mas que permaneceu, até o dia de hoje, trabalhando na Casa, temos somente um irmão. Mas ele está firme conosco! Há alguns poucos que frequentam aleatória e esporadicamente, por terem esposado um brasileiro ou uma brasileira.

RE - Como os frequentadores da Casa, que não são brasileiros, recebem as atividades do Passe e da água fluidificada?
JM - De quando em quando é preciso sentar com alguns e explicar. Eles não entendem como funciona, o que é razoável. Já demos passe em um americano que ficou apavorado durante a sessão, gesticulando defensivamente em estresse. Por isso é preciso cuidado e atenção, não desprezando os sentimentos e sensações daqueles que desconhecem a prática Espírita.

RE - Como está sendo feito o trabalho de divulgação da Doutrina Espírita nos EUA?
JM - Essencialmente pelo United States Spiritist Council e por grupos bem ativos nacionalmente como o Spiritist Society of Baltimore, diversos Centros na Flórida e a Spiritist Society of New Jersey.

RE - Existem outras Casas Espíritas no estado onde você mora?
JM - Sim, também temos grupos Espíritas em Austin, Houston e San Antonio.

RE - Qual é o panorama da Doutrina Espírita hoje nos EUA e como você o vê no futuro?
JM - A resposta é complexa. Recentemente, em uma reunião com o presidente do “United States Spiritist Council”, foi-nos lembrado que o Espiritismo já tem 50 anos de Estados Unidos. Também foi divulgado, o que de alguma forma já sabíamos, de que a penetração do Espiritismo nos EUA é irrelevante. Alguns poucos indivíduos aqui e lá não são números expressivos. Para ter alguma participação real teríamos que contar já com milhares de seguidores, imprensa e congressos liderados por americanos. Por isso, o USSC recomenda que nós passemos a fazer todos os nossos trabalhos no idioma inglês. Este é um trabalho que poderá levar anos, porque a presença de brasileiros nos encontros Espíritas é esmagadora. Durante o sétimo encontro Espírita nacional, que foi realizado no último abril em Austin, foi pedido que só falássemos em inglês, mas isto não ocorreu. Sem isto não haverá futuro para o Espiritismo nos EUA. Mas também devemos estar preparados para outra forma de ver e praticar a doutrina. Esperar que os americanos venham conduzir o Espiritismo como os brasileiros o fazem é receita para decepção. Trabalhemos juntos para mudar esta expectativa entre brasileiros e estejamos preparados para mudanças.

RE - Você poderia, fraternalmente, nos deixar uma mensagem final?
JM - A doutrina Espírita abre uma porta de conhecimento inestimável ao espírito encarnado. Estas informações podem e devem ser utilizadas por nós para nos desvencilharmos das pequenezas habituais da alma. A tarefa é complexa porque nossos subconscientes nos pregam peça, desacoplando-nos dos grupos que desprezamos, como que se já tivéssemos atingido estágio superior. Entendemos que o grau de compreensão e execução efetiva das máximas Espíritas é relativo ao nível individual de cada um e que assim se processa a Lei de Deus, inexoravelmente justa e boa. Mas somos responsáveis por tudo que fazemos e até por nossos pensamentos. Um sem fim de conhecimentos equivocados será escrito, até pelos mais famosos dentre nós, que são errôneos e levam hordas ao engano coletivo. Resta-nos orar e vigiar e estudar sem parar, analisando e reavaliando nossas reações e idéias constantemente e proceder, enfim, assim, como Deus o quis quando nos criou. Paz e bênçãos.