Friday, May 31, 2013

Prece Hindu

Gostaria de dividir com vocês esta prece, tão providencial, que complementa as nossas reflexões sobre as lamentações – tema abordado no tópico anterior (A lamentação dificulta o progresso do espírito).

Esta é uma prece de autor “desconhecido” (para os encarnados), que ouvi pela primeira vez, há mais de 20 anos, no Centro Espírita Caminhemos com Jesus, no Rio de Janeiro, através do irmão Marinho.
Levemos esta prece para sempre no coração, para nos lembrar que temos muito para agradecer e nada para lamentar!


 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
 

Thursday, May 30, 2013

A lamentação dificulta o progresso do espírito

A lamentação é um vício tão arraigado em nosso ser, que o praticamos sem mesmo sentir. Quando percebemos, já escorregamos no erro e nos pegamos em lamúrias e piedade própria.
Este vício nos faz perder um precioso tempo que deveríamos usar no progresso espiritual e planetário. Ao lamentarmos “queimamos nossos neurônios” com pensamentos destrutivos e deixamos passar, em vão, oportunidades preciosas de criação e trabalho engrandecedores.

Frequentemente, nós acreditamos que nossas provas são as mais difíceis e dignas de comiseração, e em alguns casos determinamos que são intrasponíveis. A lamentação nos conduz ao mundo do "Narciso sofredor e injustiçado",  nos torna cegos e, muitas vezes, nos afasta de Deus, que passamos a culpar pela nossa "má sorte".
A supervalorização continuada dos nossos problemas nos transforma em um "lamentador profissional" que não procura respostas, mas sim o palco, o público e a sensação de importância na vida de todos. Exaltamos o orgulho, faltamos com a caridade e, consequentemente, caimos nas teias da preguiça, já que, resolver problemas "dá muito trabalho".

Quando lamentamos, em pensamentos ou em palavras, aumentamos nossas vicissitudes enormemente, porque pensamentos e palavras têm forças criadoras. E a lamentação cria as formas-pensamento negativas que contaminam, como um vírus destrutivo, a nossa essência e os ambientes por onde passamos e vivemos, tornando-se uma força depressiva e de atração de irmãos, encarnados e desencarnados, em sofrimento e atraso moral.
Como parte de um processo natural e instintivo de auto-preservação, até os que nos são mais caros ao coração se retiram de nosso convívio, quando percebem que nós não estamos dispostos a melhorar, mas somente lamentar e contaminar tudo e todos. O vício do lamento nos afasta dos amigos que nos oferecem o ombro e suas palavras de conforto.

Jesus, o exemplo maior de resignação e fé, não se lamentou de sua, nada fácil, passagem pela Terra. Ele, que sofreu as mais cruéis blasfêmias e foi pregado ao madeiro infame, pediu que o Pai perdoasse seus algozes. Não queiramos, então, ser mais do que realmente somos. Sejamos humildes, pensemos positivo e mãos à obra para o progresso, dando passos mais largos em direção a Deus!
No lugar da lamentação, vamos dar chance à fé, à esperança e à oração sincera e espontânea. A oração, canal de comunicação direto com o Pai e seus Tarefeiros, acalma o coração doído e vacilante, e abre os olhos da alma para as soluções salutares dos nossos necessários problemas.

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Trecho do livro “Nosso Lar”, onde Clarêncio dá um “precioso aviso” a André Luiz, que acabara de chegar à colônia espiritual e ainda era presa fácil da lamentação e auto-piedade:
“- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios. Somente conseguiremos equilíbrio, abrindo o coração ao Sol da Divindade. Classificar o esforço necessário de imposição esmagadora, enxergar padecimentos onde há luta edificante, sói identificar indesejável cegueira dalma. Quanto mais utilize o verbo por dilatar considerações dolorosas, no círculo da personalidade, mais duros se tornarão os laços que o prendem a lembranças mesquinhas. O mesmo Pai que vela por sua pessoa, oferecendo-lhe teto generoso, nesta casa,  atenderá aos seus parentes terrestres. Devemos ter nosso agrupamento familiar como sagrada construção, mas sem esquecer que nossas famílias são seções da Família universal, sob a Direção Divina. Estaremos a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispomos do tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação. Além disso, temos, nesta colônia, o compromisso de aceitar o trabalho mais áspero como bênção de realização, considerando que a Providência desborda amor, enquanto nós vivemos onerados de dívidas. Se deseja permanecer nesta casa de assistência, aprenda a pensar com justeza.

Nesse ínterim, secara-se-me o pranto e, chamado a brios pelo generoso instrutor, assumi diversa atitude, embora envergonhado da minha fraqueza.
- Não disputava você, na carne – prosseguiu Clarêncio, bondoso -, as vantagens naturais, decorrentes das boas situações? Não estimava a obtenção de recursos lícitos, ansioso de estender benefícios aos entes amados? Não se interessava pelas remunerações justas, pelas expressões de conforto, com possibilidade de atender à família? Aqui, o programa não é diferente. Apenas divergem os detalhes. Nos círculos carnais, a convenção e a garantia monetária; aqui, o trabalho e as aquisições definitivas do espírito imortal. Dor, para nós, significa possibilidade de enriquecer a alma; a luta constitui caminho para a divina realização. Compreendeu a diferença? As almas débeis, ante o serviço, deitam-se para se queixarem aos que passam; as fortes, porém, recebem o serviço como patrimônio sagrado, na movimentação do qual se preparam, a caminho da perfeição. Ninguém lhe condena a saudade justa, nem pretende estancar sua fonte de sentimentos sublimes. Acresce notar, todavia, que o pranto da desesperação não edifica o bem. Se ama, em verdade, a família terrena, é preciso bom ânimo para lhe ser útil.

Fez-se longa pausa. A palavra de Clarêncio levantara-me para elucubrações mais sadias.
Enquanto meditava a sabedoria da valiosa advertência, meu benfeitor, qual o pai que esquece a leviandade dos filhos para recomeçar serenamente a lição, tornou a perguntar com um belo sorriso:

- Então, como passa? Melhor?
Contente por me sentir desculpado, à maneira da criança que deseja aprender, respondi, confortado:

- Vou bem melhor, para melhor compreender a Vontade Divina.”
(Nosso Lar, capítulo 6 – pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier – editora FEB)

Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo

Tuesday, May 28, 2013

A importância da reencarnação

166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência.”

a)      – Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”

b)      – A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”

c)      – Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
“Evidentemente.”

167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”

168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”

169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”

170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”
(Livro: "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, A Reencarnação, capítulo IV, Pluralidade das Existências – editora FEB)
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Jesus fala a Nicodemos sobre “Nascer de Novo”
Nicodemos detinha muita autoridade entre os judeus. Ele era membro do Sinédrio, associado ao partido dos fariseus. Jesus o chamou de “mestre de Israel”.
Nicodemos encontrou com Jesus, à noite, por medo de ser visto por seus companheiros, junto ao Mestre.
"Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele." João 3:2
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus." João 3:3

"Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?" João 3:4

"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5

Jesus fala a Nicodemos sobre “nascer da água” simbolizando a vida material, além de enfatizar a renovação moral do Ser quando diz “ nascer do espírito”!
 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
 

Wednesday, May 22, 2013

A Consoladora Doutrina Espírita

Conversando com uma amiga, também Espírita, ela comentou que tem percebido que, tristemente, muitos Espíritas divulgam a Doutrina como uma religião de sofrimento e não de consolo.

Esta é uma teoria completamente falsa, uma interpretação equivocada. A Doutrina Espírita é, justamente, o Consolador Prometido por Jesus antes de seu retorno à Pátria Espiritual.
A Doutrina Espírita vem esclarecer, de forma completamente transparente, através do Espírito de Verdade e outros Espíritos altamente iluminados, as leis perfeitas e consoladoras de Deus, por meio dos ensinamentos de Jesus, com suas magnânimas parábolas.

E para compreender a grandiosidade desses ensinamentos e o quão eles são consoladores, faz-se necessário ressaltar alguns princípios básicos que um Espírita necessita aceitar como verdades.

São eles:

Pluralidade dos mundos e o planeta Terra como um planeta de provas e expiações -  existem infinitos planetas, cada um com diferentes graus de elevação, fazendo-se, assim, fundamental, uma seleção natural de onde cada Espírito irá reencarnar. Sabendo-se que o planeta Terra está em estágio de provas e expiações, concluimos que os Espíritos aqui reencarnados estão compatíveis com estas vibrações. A maioria dos Espíritos que aqui se encontra, ainda persiste em erros milenares e passa pelo processo de tentativa de melhoramento, cujos resultados alcançados ao final de uma vida serão segundo a sua aceitação e compreensão da lei de progresso;

Lei de causa e efeito – Deus não pune nenhum de seus filhos. Nós é que somos 100% responsáveis pelos sofrimentos que vivemos. Esta é a lei natural de causa e efeito. Seria justo que uma pessoa que planta o mal, colhesse o bem? Nós, simplesmente, sofremos o reflexo das próprias ações. “Quem matou pela espada, pela espada perecerá”;
Deus é soberanamente justo, bom e nos ama incondicionalmente – Jesus nos ensinou que para Deus, uma singela atitude de amor para com o próximo cobre um milhão de pecados. E o arrependimento sincero nos alivia as provas. Deus nos ama incondicionalmente sem qualquer distinção. E assim como um pai que ama seu filho, Ele nos educa em direção a perfeição, ao Seu encontro, da forma mais justa que poderia existir, nos deixando sob a lei de causa e efeito. Deixar um filho persistir em erros é negligenciar ao amor incondicional;

Reencarnação e esquecimento do passado – quando estamos na condição de reencarnados, recebemos a graça de esquecermos o nosso passado, ganhando uma nova chance de se reconciliar com os inimigos, aparar arestas e purificar o Espírito em direção à perfeição. Estas reencaranações de reparações de erros e harmonizações se dão fortemente em família. Imagine, então, se não tivéssemos o esquecimento, e nos encontrássemos diante de um inimigo ferrenho, de muitas vidas, reencarnado como nosso irmão, pai ou mãe; seria muito difícil completar a tarefa com êxito.

Em raros casos esta revelação é dada ao reencarnado, para esclarecimentos necessários sobre certas angústias. E quando assim acontece, tenhamos a certeza de que a pessoa está preparada para saber a verdade e fazer um proveito positivo da revelação.
Existência dos Espíritos/Vida eterna/Lei de progresso – somos todos Espíritos eternos e nenhum de nós regride durante o aprendizado, através das reencarnações em diversos planetas ou em esferas espirituais vizinhas da Terra. Um Espírito pode estacionar mas, jamais, regredir. Apesar de esquecermos o passado, nós espíritas sabemos que não viemos do nada e não iremos para o nada. Contrariamente a outras religiões fatalistas, que impõem um inferno eterno ou um céu eterno, o Espiritismo nos ensina que a vida continua e temos sempre uma nova oportunidade de progredir e lutar pelo nosso melhoramento.

Mediunidade inerente/Comunicação entre encarnados e desencarnados – todos nós, sem distinção, somos médiuns e estamos em contato com o mundo espiritual 24 horas. A diferença é que uns têm mediunidades ostensivas e outros não as desenvolvem, mas fazem uso delas mesmo que inconscientemente. A mediunidade é a nossa ligação entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados, nos dando a oportunidade de receber ajudas e esclarecimentos dos nossos Irmãos Protetores. E se essa conexão é usada por Espíritos persistentes no mal para nos prejudicar, a culpa é unicamente nossa, que nos sintonizamos com eles. Sem sintonia o mal não nos pode ganhar!
Se analisarmos, atentamente, cada um desses princípios, colocando nosso egoísmo e nossa prepotência de lado, transcendendo o aqui e o agora, veremos como a Doutrina Espírita é consoladora e não nos faz sofrer. Quem nos faz sofrer somos nós mesmos. Fomos criados por Deus e Dele recebemos o lívre-arbítrio, o que nos faz responsáveis pelos nossos atos e merecedores de reações compatíveis a eles.

Nenhuma outra religião esclarece e consola tanto como a Doutrina Espírita. Muitas delas se apoiam num Deus cruel e em penas eternas, não dando chance de reconciliação com o próximo e com o próprio Ser, além de não terem explicações racionais para os sofrimentos humanos.
Leiamos Allan Kardec, leiamos o Pentateuco – os cinco livros basilares da Doutrina Espírita. Mas leiamos, releiamos, releiamos mais uma vez, releiamos quantas vezes forem necessárias, sem as amarras do orgulho!

Fraternalmente, 
Refletindo o Espiritismo
 

 
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Tuesday, May 21, 2013

As Tragédias nos Convidam à Reflexão

A época dos tornados chegou com tudo este ano nos EUA. E a grande vítima até o momento é o estado de Oklahoma.

Por que, para muitos de nós, somente em situações de tragédias, em que podemos perder a vida corpórea, nos convidamos à refletir o quão pequeninos e impotentes somos?

Todos ficamos vulneráveis e iguais e, somente então, reavaliamos os nossos conceitos sobre o que é mais importante na vida, nossas crenças e descrenças, valores espirituais, morais e materiais. Sempre diante de uma tragédia paramos para pensar sobre o que estamos fazendo da nossa breve passagem pela Terra. E as tragédias naturais não escolhem cor, raça, religião, poder aquisitivo ou escolaridade, elas acontecem para todos, sem distinção.

Segundos antes, famílias inteiras estão felizes (ou não!) e reunidas dentro de suas casas confortáveis, recheadas de prazeres e bens materiais e, num piscar de olhos, tudo quase se desintegra, fazendo com que estas pessoas pensem somente em sobreviver.

Segundos antes, as escolas  estão repletas das nossas crianças alegres, levadas, curiosas, carregadas de vida e vontade de aprender e, num piscar de olhos, estão sob escombros.

Segundos antes, está estacionado na rua o nosso carro do ano, potente e luxuoso, capaz de nos transportar por entre as lindas paisagens e também por entre os desabrigados no trânsito e, num piscar de olhos, vira um monte de lata, uma sucata sem uso.

Segundos antes, estamos diante de alguém que avaliamos, prepotentemente, ser menos conhecedor das ciências humanas, um desprovido intelectual em relação ao que nós achamos que sabemos e, num piscar de olhos, estamos abraçados e unidos pedindo a Deus para sêrmos poupados da tragédia.

Segundos antes, estamos diante da nossa mesa de trabalho, pensando em como crescer mais e mais no que fazemos, sem tempo de olhar se é dia ou noite lá fora e, num piscar de olhos, estamos implorando por mais uma pequena chance de sentir a brisa do mar e ver nossos filhos crescerem.

Segundos antes, temos o que pensamos ser tudo e, num piscar de olhos, ficamos com aquilo que pensamos ser o nada!

Se por um lado os homens conseguem controlar, um pouquinho, algumas doenças e perigos urbanos para sobreviverem, por outro lado as tragédias da natureza chegam implacáveis. E é diante desta impossibilidade e pequeneza humana, que devemos nos lembrar de praticar a humildade a todos os instantes, carregando sempre a certeza de que tudo tem a sua razão de ser e acontecer.

A nossa própria existência e os bens materiais e intelectuais, subsistem para serem usados com equilíbrio em prol do progresso coletivo e, não somente, em benefício egoísta daquele que os conquistam. E é diante de tragédias, sejam naturais ou criadas pelos homens, que comprovamos que de nada adiantará a avareza de qualquer espécie, a desunião e as guerras incompreensivelmente chamadas de “Santas”. A falta de caridade e humildade ecoarão estridentes nas consciências culpadas.

Além da solidariedade que devemos a estes irmãos que passam por estas tragédias, através de orações ou ajudas efetivas, vamos nos convidar a uma reflexão sobre como estamos usando a nossa existência e onde podemos aperfeiçoar em direção ao bem! Respeitemos uns aos outros, seja qual for a sua condição. Vamos aproveitar e criar sempre oportunidades de nos ajudármos.

E, como em vidas passadas, respeitemos a Mãe Natureza, esta obra perfeita de um Autor Perfeito, que nós não estamos preservando. Infelizmente, todos nós, de uma forma ostensiva ou mais velada, estamos descontrolando a harmonia da natureza.

Antes de iniciármos nossos dias, antes de saírmos da cama, vamos agradecer a Deus por mais um dia de vida e vamos tentar usar este dia da melhor forma possível, para que, NOS SEGUNDOS ANTES, SEJAMOS A MESMA PESSOA DE BEM DO DEPOIS DO PISCAR DE OLHOS. Que uma tragédia nunca seja o incentivo para a nossa mudança do EU HOMEM VELHO para o EU HOMEM NOVO!
Gabriela Junqueira Balassiano
 
 

Friday, May 17, 2013

Tenhamos Paz

Queridos amigos,
Este texto de Emmanuel é muito providencial para nos acalmar desta realidade que estamos vivendo!
Com carinho!


“Tendes paz entre vós.” – Paulo.
(I Tessalonicenses, 5:13.)
 
"Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações, longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens  com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira."

(Pão Nosso – Francisco Cândido Xavier – pelo Espírito Emmanuel – FEB)



 

Thursday, May 16, 2013

Fora da Caridade Não Há Salvação (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, capítulo XV)

Caridade, para uns tão fácil, tão simples e tão natural, enquanto que para outros uma barreira intransponível.

Caridade, virtude Divina que leva o homem à perfeição. Pois sem caridade é impossível amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Caridade, manifestação de Deus no Espírito encarnado.

A caridade é singela, humilde e discreta. Ela não humilha e não espera nada em troca. Não faz barganhas ou exige aplausos.

A caridade material, a mais fácil e descompromissada dos auxílios obrigatórios por parte daqueles que têm mais que outros, pode chegar ao próximo de forma mais virtuosa e digna ou não, depende da intenção de quem a faz.

A caridade moral, essa por si só já se mostra elevada e nobre, pois ela nos exige compromisso e envolvimento. Através de um abraço, um afago, uma atenção, um carinho sincero àqueles que estão abandonados à sua sorte, você estará praticando a caridade na sua forma mais sublime e valiosa.

Dar aquilo que te sobra é caridade, mas dar aquilo que te falta é a expressão maior da caridade, desprendimento e amor a Deus.

Se o que te falta é o dinheiro, lembre-se que o amor te sobra no peito, e que muitos irmãos prostrados numa cama se levantariam para receber o seu amor, lhe estender os braços e agradecer ao Céu por você existir.

Se o que te falta é o dinheiro, mas te sobra amor, paciência, esperança, tolerância, fé, alegria, humildade, dignidade, então, renda Graças a Deus, pois você é um afortunado do infinito. E estas virtudes são riquezas abundantes  que podem sempre ser divididas com aqueles que delas necessitam.

Mas se te sobra o dinheiro e te falta todo o resto, infeliz de ti. Pois as riquezas da Terra jamais comprarão a tua felicidade. As riquezas da Terra não são moedas de troca pelas riquezas Divinas, as verdadeiras e inesgotáveis.

Jamais se esqueça de que a lei de causa e efeito é indomável e ninguém foge a ela. Nós colhemos tudo o que plantamos. Se plantamos egoísmo e desamor, colheremos o abandono e traição quando mais precisármos. Se plantamos amor, nunca estaremos sozinhos.

Pratique a caridade, você é capaz! Todos nós sempre teremos algo sobrando, que falta para o outro. A caridade é um caminho lindo sem volta, pois depois de desfrutármos das sensações gratificantes e nobres que ela nos faz sentir, ela se torna vital. Faça o bem pelo bem e nada mais.

“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa, e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade.”

(S. Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

 

Gabriela Junqueira Balassiano

Tuesday, May 14, 2013

Panteísmo

14. Deus é um ser distinto, ou será, como opinam alguns, a resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo reunidas?

“Se fosse assim, Deus não existiria, porquanto seria efeito e não causa. Ele não pode ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.
“Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis. Deixai, conseguintemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastante coisas que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.”

(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte primeira – Capítulo I)

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

Monday, May 13, 2013

Natureza Artística

Quem nunca se deitou na grama para ver desenhos nas nuvens? E visitou os “museus da natureza” para ver as obras de artes mais perfeitas?

Olhemos com mais atenção à nossa volta, e percebamos o quanto o planeta se comunica conosco e nos alimenta de energias renovadoras!
Respeitemos o milagre da vida!
Foto e montagem feitas por Gabriela Junqueira Balassiano
Dallas Arboretum, Texas, EUA



Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo 

125 anos da Abolição da Vergonhosa Escravatura no Brasil

Nasci no Brasil 85 anos após a abolição da escravatura.
Recebi nesta encarnação uma pele de cor branca,
Mas um sangue misturado que me imacula.
 
Há 125 anos acabou a vergonhosa escravidão.
E hoje sou branca, sou negra, sou índia, como toda esta nação,
Que ainda sofre com os rastros de soberba,
Em muitas faces brancas desta encarnação.
 
Triste ignorância humana que prega o desamor,
Nas suas viagens de ida e volta,
Entre este mundo e o outro, como um viajor.
Triste daquele que de um irmão fizer seu escravo, seu inferior,
E não estender a mão indistintamente sem olhar a cor.
Pois o corpo um dia morre e o que é eterno é incolor!
 
Hoje ele é branco amanhã será amarelo.
E se um dia foi preto, será vermelho formando o elo.
 
A diversidade não vem para separar,
Mas sim nos leva ao Pai
Que somente nos pede para amar!
Gabriela Junqueira Balassiano
 
 

Friday, May 10, 2013

"A Maternidade é Algo Verdadeiramente Sagrado"

Em homenagem à todas as Mães, eu reproduzo abaixo trechos do livro “Saúde da Relação Pais e Filhos”, de autoria de Alírio de Cerqueira Filho.

“...Dentro de uma visão psicológica transpessoal , espiritual profunda, a mãe é o arquétipo da ligação com Deus. A função principal da mãe é a de fornecer esse modelo de ligação da criança com Deus, porque é a mãe que nos gera. Ao nos gerar, ela nos propicia a existência momentânea no corpo, da mesma forma que Deus nos gera a existência espiritual. Divide conosco as suas emoções mais íntimas durante toda a gestação.
Por isso ela nos deve dar respaldo emocional, aconchego e orientação. Até aos sete primeiros anos de vida é a nossa extensão, por isso é o Arquétipo Divino.”
“...Deus é o criador, e a mãe é co-criadora por excelência...”
“...a mãe co-cria oferecendo o seu próprio corpo, seu sangue, sua vida, toda uma série de funções biológicas, bem como espirituais.”
“...Durante a concepção há um acoplamento do perispírito do filho ao perispírito da mãe para o seu nutrimento não apenas biológico, mas, sobretudo, espiritual. Essa ligação energética espiritual é tão forte que perdura até aos sete anos de vida da criança, por uma espécie de cordão umbilical fluídico que une intensamente o filho à sua mãe.”
“...O Espírito é acoplado ao perispírito da mãe, permanencendo ligado por esse cordão fluídico que é criado no instante da concepção. Durante toda a gestação haverá o desenvolvimento do cordão umbilical físico. Na hora do parto é necessário cortar o cordão umbilical do corpo físico, porque uma parte dele prende-se à placenta que vai ser descartada. Corta-se e há um desfazimento do cordão umbilical físico, mas o fluídico permanece.
O cordão umbilical fluídico permanece estabelecendo a ligação perispiritual. A criança, ao sair do útero da mãe, não tem mais a ligação física, mas continua existindo a ligação psíquica e perispiritual.”
“...Esse cordão umbilical fluídico vai persistir de uma forma mais intensa até o final da primeira infância, aos 7 anos, quando se completa a reencarnação do Espírito. Na segunda infância, começa a se desfazer para desaparecer completamente no início da adolescência. Dessa ligação fluídica, perispírito com perispírito, é que surge esse sexto sentido que as mães, que realmente aceitam ser representantes do Arquétipo Divino, têm em relação aos seus filhos.”
“...Esse cordão fluídico é necessário porque há uma relação de dependência grande entre a mãe e a criança. A criança já pode viver fora do útero da mãe, mas não pode viver independentemente da mãe. A criança requer amamentação, carinho, cuidado e por isso essa ligação energética permanece.
Como a mãe é o Arquétipo Divino é ela que faz a ligação da criança com Deus. Esse cordão fluídico vai ser fundamental nessa ligação. É a mãe que tem como compromisso oferecer suporte emocional. Na primeira infância isso é até mais importante que a alimentação, como indicam muitas pesquisas em relação à afetividade na primeira infância.
No caso de crianças órfãs ou das que são abandonadas por suas mães, essa ligação fluídica vai ser reestabelecida pela mãe adotiva. No caso de não haver essa substituição, uma grande expiação para o espírito encarnado, o desenvolvimento da criança não é normal.”
“...Então, por isso tudo, por essa especialidade da mulher-mãe, ela terá com seu filho todo esse encanto maior e, se ela souber fazer uso disso, essa mãe, talhada pelo Arquétipo Divino, terá condições de tornar um Espírito despótico, reencarnado para transformar esse caráter, em um ser brando e humilde de coração, conforme convida Jesus.
Portanto, a mãe é o Arquétipo do Divino em todos nós. O objetivo principal da maternidade é ser esse Arquétipo Divino, que remete o filho a Deus. A maternidade é algo verdadeiramente sagrado.”
*arquétipo – modelo ou padrão passível de ser reproduzido; imagem primordial.

 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
 
 


Wednesday, May 8, 2013

Cristianismo como "religião-fé" ou como "religião-instituição"?

A palavra religião no seu caráter íntimo quer dizer fé, ligação do homem com o divino. O que se distingue, totalmente, da palavra religião de caráter coletivo, institucional.

O Cristianismo praticado como "religião-instituição" é uma convicção coletiva e modificada por diversas vertentes, de acordo com a evolução moral daqueles que a pregam. A religião como instituição sofre modificações humanas em seus dogmas para satisfazer aos interesses político-sociais.
No entanto, ser Cristão em seu caráter "religião-fé" é seguir os ensinamentos de Jesus na sua forma genuína, independente de qualquer instituição, com humildade e sem alterações mundanas.

O Mestre não fundou igrejas, não criou templos e não pediu que nós os fizéssemos em seu nome. Ele ensinava em qualquer lugar, diante de qualquer situação, para qualquer pessoa. Ele não estruturou uma religião com metodologia, cultos aos santos, regras, pagamentos, altares, indumentárias, ênfase das riquezas, glorificação de um líder terreno como intermediário de Deus, entre outras determinações puramente dos homens.

Assim como o Nazareno, os primeiros Cristãos também não formaram uma "religião-instituição". Acostumados a se reunirem de forma simples e fraterna, eles estudavam os ensinamentos que o Cristo nos deixou, trocavam idéias, além de trocar energias edificantes através da imposição das mãos e o contato com os Espíritos. E apesar de serem vistos, na época, como praticantes de uma seita revoltosa e perigosa, sendo perseguidos com muita crueldade, eles se mantinham na fé inabalável no Evangelho, movidos pelo amor puro e verdadeiro que o Mestre ensinou.

Então Constantino traz ao mundo a religião-instituição...

Trezentos anos após a volta do Mestre à Pátria Espiritual e muita perseguição aos seus seguidores, o Imperador Constantino, animado, tão somente, por sua sede de poder, avistou naqueles que continuavam a divulgar os ensinamentos de Jesus, uma grande oportunidade em aumentar o número de apoiadores para sua escalada ao comando.
E o imperador, que além de sua triste tendência moral, ainda contava com o incentivo de seus obsessores espirituais que, por sua vez, trabalhavam nas trevas para a obstrução da propagação do Evangelho puro, deu início a transformação religiosa de Roma, legitimando o Cristianismo.

Mas legitimar o Cristianismo não deveria ser muito providencial? Sim, se a grande questão não fosse a de que Constantino e seus companheiros espirituais não estavam agindo, somente, pelo amor, mas, sim, por interesses menos nobres, dando poderes e credibilidade àqueles que promoviam o Cristianismo como "religião-instituição", usando o Evangelho como moeda de troca e interesses políticos.

Foi então, que, com tudo muito bem estruturado e meticulosamente pensado, entre encarnado e desencarnados, após o primeiro concílio de Nicéia, começou a trágica transformação da beleza simples do Evangelho. Deixava o Cristianismo, aos olhos dos homens, de ser uma filosofia, uma fé, uma ligação com Deus e nascia, ali, o implacável império católico.

E o movimento de poder e domínio entre os homens, em nome de Deus, cresceu tão rapidamente, durante nossas vindas ao Planeta que criou-se no mundo milhares de "religiões-instituições" denominadas Cristãs; cada qual lutando obstinadamente na tentativa de deter e controlar a verdade divina em interesse próprio, separando os homens, instigando o ódio, ao invés de uní-los no amor como ensina o Evangelho.

Atualmente, muitos de nós, um pouco mais conscientes da situação que geramos no passado, onde colocamos a candeia debaixo do alqueire e abrimos a porta aos irmãos das trevas que querem combater o Evangelho, estamos tentando trazer à luz a Boa Nova em sua integridade, genuinidade e clareza dos tempos antigos! Há muito trabalho para se fazer e esta dívida é minha, é sua, é nossa! Façamos o nosso melhor para um dia sermos um Cristão na sua totalidade, no sentindo "religião-fé"!


Emmanuel nos ensina:
“O que se faz preciso, em vossa época, é estabelecer a diferença entre religião e religiões. A religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que caíram. Muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo interesse criminoso e pela ambição lamentável dos seus expositores; mas, a verdade um dia brilhará para todos, sem necessitar da cooperação de nehum homem.”
(trecho do livro “Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, editado pela FEB).




Fraternalmente,

Refletindo o Espiritismo
 

Sunday, May 5, 2013

Epífise, a glândula da vida mental

“...Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me das forças magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes.

Examinei atentamente os demais encarnados. Em todos eles, a glândula apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no intermediário em serviço.
Sobre o núcleo, semelhante agora a flor resplandecente, caíam luzes suaves, de Mais Alto, reconhecendo eu que ali se encontravam em jogo vibrações delicadíssimas, imperceptíveis para mim.

Estudara a função da epífise nos meus apagados serviços de médico terrestre. Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual no período infantil. Não passava de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois, decrescia em força, relaxava-se, quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena.
Minhas observações, ali, entretanto, contrastavam com as definições dos círculos oficiais.

Como o recurso de quem ignora é esperar pelo conhecimento alheio, aguardei Alexandre para elucidar-me, findo o serviço ativo.
Passados alguns minutos, o generoso mentor acercava-se de mim.

Não esperou que me explicasse.
- Conheço-lhe a perplexidade – falou. – Também passei pela mesma surpresa, noutro tempo. A epífise é agora uma revelação para você.

- Sem dúvida – acrescentei.
- Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições – prosseguiu ele. – É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem.O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da <<libido>>, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade. Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.

Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.
Achava-me profundamente surpreendido.

Findo o intervalo que impusera à exposição do ensinamento, Alexandre continuou:
- Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na seqüência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida...”

(Este é um trecho do livro “Missionários da Luz”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.)

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo