Wednesday, December 30, 2015

Sete razões pelas quais um cientista crê em Deus

(O texto, abaixo, foi retirado do blog Gestão e Evolução)

 
Primeira: Por uma determinada lei, lógica, nós podemos provar que nosso Universo foi projetado e executado por uma inteligência engenheira.

Suponha que você coloque dez moedas, marcadas de 1 a 10, dentro do seu bolso e lhes dê uma boa sacudidela. Agora experimente pegá-las na seqüência, de 1 a 10, pondo cada uma na sua vez e sacudindo de novo. Sabemos que, matematicamente, a sua chance de acertar na número 1 é de uma em dez; de acertar 1 e 2 em seqüência, é de uma em cem; de acertar 1, 2 e 3 em seqüência é de uma em mil e assim por diante; sua chance de acertá-las todas, de 1 a 10 sucessivamente, alcançaria o cálculo inacreditável de uma em dez bilhões.

Aqui o Dr. Cressy Morrison convida os homens a que meditem apenas em algumas das leis que mantêm o equilibro da vida na Terra, como, por exemplo, a velocidade com que a Terra realiza os seus movimentos de rotação e de translação em volta de si mesma e do Sol; é sabido que ela corre com a velocidade de cerca de 1.600 km/h, o que não é um acaso, é uma lei matemática de equilíbrio para sustentar a vida na sua face, porquanto, diz ele, se por acaso a Terra se movimentasse apenas com a velocidade de um décimo, ou seja, 160 km/h, a vida nela seria impossível. Isto porque os dias seriam de 120 horas e as noites de 120 horas de sombra iriam encarregar-se de destruir pelo frio, através da motivação dos continentes gelados. Logo, alguma coisa estabeleceu a lei de equilíbrio, para que a Terra girasse com tal velocidade.

E prossegue o Dr. Cressy Morrison dizendo que quando nos detemos a olhar a atmosfera, basta lembrar que ela foi programada e medida, porque se a atmosfera da Terra fosse mais rarefeita de apenas um quilômetro, a vida no orbe seria impossível, porquanto se sabe que caem sobre a Terra diariamente cerca de 50 milhões de aerólitos e meteoritos, que se não fosse por essa atmosfera, que pelo atrito os rala e dissolve, a Terra seria bombardeada 50 milhões de vezes por dia, lavrando incêndios e destruições inomináveis, e a vida na Terra seria portanto impossível.
Bastava que o fundo do mar fosse mais profundo de 3 metros e a vida seria impossível, porque o oxigênio do ar seria absorvido e o ácido carbônico também seria recebido pelas águas, matando toda forma de vida, quer no seio das águas, quer na superfície lisa; se por acaso a superfície da Terra fosse mais alta de 2 metros, o fenômeno seria oposto e a vida seria conseqüentemente impossível.

Se por acaso a distância que separa a Lua da Terra não fosse de cerca de 370.000 km, mas de apenas 70.000 km, a vida seria impossível, porque a pressão magnética do satélite sobre os mares faria levantar ondas tão altas e terríveis, que estas marés e preamares destruiriam totalmente a vida na Terra, lambendo os picos mais altos do Himalaia.

Na mesma ordem de raciocínio, se a inclinação do eixo da Terra não fosse 18/24 graus, mas estivesse em uma vertical ou mudasse de posição, a vida seria impossível, porque os gelos antárcticos escorreriam pela Terra, levando tudo de roldão.

Desse modo, assegurou o Dr. Cressy Morrison, por essa singela lei, e por uma série de outras leis que seria fastidiosos enumerar, eu creio em Deus, como, por exemplo, a distância que separa a Terra do Sol – aproximadamente 150.000.000 km -, o que dá à Terra uma tépida sensação de calor, não insuficiente nem demasiada para a sua manutenção, porque o Sol tem uma temperatura superficial de cerca de 6.648º C. Assim, se a Terra estivesse mais próxima, seria destruída pelo calor; se estivesse mais afastada, seria destruída pela falta de calor, dos raios ultravioletas e infravermelhos e dos caloríficos, que mantêm o equilíbrio metabólico na vida vegetativa.

Logo, uma inteligência matemática e superior estabeleceu as condições para a vida na Terra e é evidente, deste e de outros exemplos, que não há uma única chance em bilhões para que a vida no nosso planeta fosse o resultado de um acidente.

Segunda: O talento da vida para executar a sua proposta é toda a manifestação de uma inteligência suprema.

Aqui o Dr. Cressy Morrison afirma que crê em Deus graças a uma lei singela, que está imanente em tudo e em todos: a lei da vida. Que é a vida? Por mais que se haja tentado definir que é a vida, as definições são todas incompletas. A Biologia, a Filosofia têm tentado definir a vida, mas ninguém sabe o que é a vida na sua realidade. Não obstante, a vida está em toda parte, está aqui, ali, além alhures, em todo lugar. Mas, que é a vida? A vida é o arquiteto maravilhoso, que ergue nas profundezas submarinas os castelos de algas e de corais. É o extraordinário escultor, que trabalha cada folha e talhe, ramículos e contornos jamais repetidos em qualquer outra flor ou folha encontrada na Terra. É o paciente professor de música que ensina cada pássaro a entoar a sua canção de amor. É o químico sublime, que dá a cada fruta o seu sabor característico e inconfundível. É o perfumista caprichoso, que transforma o humo em aroma. É o ser terrrível, que consegue converter água em açúcar e madeira. Mas onde está a vida? A vida está no protoplasma. O protoplasma é uma gota gelatinosa transparente, invisível a olho nu – uma cabeça de alfinete comportaria cinco milhões -, mas que é atraída pelo heliotropismo, e isso é a vida, é a grandeza da vida.Se por acaso toda a vida desaparecesse da face da Terra – animal, vegetal, humana - e ficasse um só protoplasma e um raio de sol dissidente, logo a vida se restabeleceria, porque através da lei da cissiparidade esse protoplasma se bipartiria, novamente e em breve estariam os campos e prados reverdecidos, os mares e rios povoados, a Terra povoada, na bagatela de 10 bilhões de anos apenas. Por isso, proclama o Dr. Cressy Morrison, eu creio em Deus.

Terceira: A sabedoria animal fala irresistivelmente de um bom Criador, que infunde instintos a todas as suas desamparadas e pequenas criaturas.

Esta razão científica da crença do Dr. Cressy Morrison em Deus decorre da inexplicabilidade do instinto dos animais. Sabemos como se manifesta o instinto, mas não onde se encontra e nem como é o seu mecanismo. Mas o instinto dos animais e o heliotropismo das plantas são tão extraordinários que dentro das águas de muitos lagos existem duas plantas que se amam profundamente. A planta feminina independe da planta masculina. A planta feminina é caprichosa, como aliás tudo que é feminino é caprichoso. Quando chega a época de abrir-se em botão, ela desprende aquele cordel vegetal que vai desenrolando-se, até chegar à crista das águas da superfície em que a flor se abre; a planta masculina, sabendo que está na hora da fecundação, arrebenta o pendúnculo, porque ele é débil, e sobre, e se abre exatamente quando vento vai soprar na direção da planta aberta feminina; o pólen é carreado, a planta feminina absorve-o, fecha-se e volta a descer; então se multiplica na intimidade das águas inferiores. Por que? Milagre da vida, grandeza de um instinto vegetal, que, no reino animal, está estabelecido desde as aves, os peixes e os mais pequeninos insetos.

No João-de-barro, que,chegando à época do acasalamento para a perpetuação da espécie, sobe à árvore mais alta e ali ergue o seu ninho; mas antes de colocar a porta ele trepa ao galho superior e coloca o bico na direção dos ventos, para saber de que direção virão os ventos hibernais e poder então abrir a porta do lado oposto ao do vendaval, a fim de preservar a sua prole. E não erra nunca, o que mata de inveja os serviços de metereologia, que não acertam jamais. Quem e o que ensinou o João-de-barro a produzir uma técnica de perfeição que lhe mantém a sobrevivência?
E milagre das enguias? As enguias são peixes em forma de serpente que só se reproduzem em água profundas e frias. Quando vão procriar elas abandonam todos os mares, todos os lagos, todas as águas do mundo e começam a nadar na direção das águas abissais das Bermudas. Ali elas procriam e morrem. Mas os seus filhos sabem de onde vieram seus pais. Fazem a viagem de volta e vão habitar as águas de onde vieram seus ancestrais. Os piscicultores e pescadores atestam que jamais encontraram extraviadas enguias americanas em água européias e vice-versa. Mas a lei foi tão caprichosa que estabeleceu para a enguia européia um atraso de maturação da fecundação de um ano, porque as Bermudas estão mais longe da Europa do que da América e elas devem se encontrar na mesma oportunidade em que as águas estejam necessariamente frias para procriarem. A lei retarda um ano, que é o tempo que elas gastam, as européias, para chegarem às Bermudas quando chegam suas irmãs americanas.

Mas a vespa é muito mais fácil na manutenção do seu instinto, porque ela sabe que quando vai procriar também vai morrer. Ela colocar os ovos numa furna e sabe que os seus descendentes já nascem adultos, porque todo inseto já nasce adulto. E eles só poderão sobreviver se comerem carne, carne viva. Então a vespa faz uma viagem até encontrar um gafanhoto; aplica-lhe um golpe que o torna hibernando; deixa-o paralisado, porém vivo. Carrega-o e coloca junto aos seus ovos. Nenhum entomologista e nenhum anestesista conseguiram até hoje fazer a aplicação paralisante no nervo do gafanhoto, que o imobiliza, porque às vezes aplicam veneno demais e matam o “paciente”, ou aplicam de menos e o “paciente” não se deixa devorar. Mas a vespa sabe. Sai dali e morre. Quando os ovos se arrebentam e as pequeninas vespas começam a comer com voracidade, o gafanhoto sobrevive, porque elas se alimentam das partes não vitais, pois sabem que se matarem o gafanhoto e comerem carne podre morrem também. Que técnica é essa? Instinto é uma palavra que não diz nada convencional. É uma lei, que estabeleceu científica e matematicamente o equilíbrio da flora e da fauna na face da Terra.

Quarta: O homem tem alguma coisa mais do que um instinto animal – o poder da razão.

Neste ponto, o Dr. Cressy Morrison assegura que crê em Deus por causa da razão. Ocorre que o instinto é uma nota monótona, que se repete sempre a mesma, sempre igual. Mas a razão são as sete notas musicais, é a pauta, é a sinfonia, é o canto melódico. Através da razão pode o homem entender Deus e contemplar a possibildade de ser o que é somente porque recebemos uma centelha da Inteligência Universal.

Quinta: A provisão para toda vida é revelada na fenomenal maravilha dos genes.

Os genes habitam cada célula viva e são a chave de todos os caracteres humanos e vegetais. Pois, bem se todos esse minúsculos genes, responsáveis pela vida de todas as pessoas do mundo, pudessem ser colocados em apens um lugar, eles não encheriam um simples dedal, que seria suficiente para armazenar toda a herança genética individual de bilhões de seres humanos. Estes fatos são inquestionáveis.

É aqui que realmente a evolução começa - na célula, uma entidade minúscula que guarda e cuida dos genes. Esse microscópico gene pode ditar absolutamente a regra da vida na Terra. É um exemplo incontestável de profunda sutileza e providência, que somente poderia emanar de uma Inteligência Criativa; nenhuma outra hipótese servirá.

Sexta: Pela economia da Natureza, somos forçados a perceber que somente uma sabedoria infinita poderia ter previsto e preparado com tamanha prudência administrativa.

Creio em Deus, assevera aqui o Dr. Cressy Morrison, por causa de uma lei de equilíbrio que existe nas coisas. E elucida. Os australianos desejavam plantar nas suas terras inóspitas verdadeiros seminários e simultaneamente torná-las agrícolas. Mas, como os ventos alísios perpassavam e destruíam as plantações, ocorreu-lhes fazer sebes protetoras. E importaram, sem nenhum cuidado ecológico prévio, determinadas plantas para que elas fizessem paredes contra os ventos. Imediatamente viram o enorme equívoco em que incorreram, porque na Austrália não havia insetos inimigos daquelas plantas. E as plantas começaram a multiplicar-se. Dez anos depois haviam roubado uma área maior do que a das ilhas britânicas.Foi dado o alarme internacional. Usaram tratores, lança-chamas, herbicidas e as plantas continuavam multiplicando-se, expulsando lavradores, fechando aldeias, interrompendo cidades.

Nesse momento houve um congresso em Sidney e entomologistas do mundo inteiro foram ao congresso estabelecer como salvar a Austrália. Depois de oito dias de discussão chegaram à conclusão da lei natural, de que o equilíbrio ecológico é mantido entre vegetais e animais através de uma lei desconhecida. Para salvar a Austrália daquelas plantas, seria necessário que se encontrasse um inseto que, além de gostar especialmente daquela planta, ainda se multiplicasse muito, para que em pouco tempo terminasse com a invasão botânica.
Depois de procurar, e muito, chegaram à conclusão de que existia um tipo específico de besouro e que realmente seria um besouro famélico e facilmente reprodutível. Pesquisando no mundo inteiro, encontraram os tais besouros na Amazônia. Eram besouros famintos e que procriavam como somente a fome consegue explicar. Levaram os besouros amazonenses, jogaram sobre as plantas e ficaram aguardando.As plantas começaram a desaparecer e os besouros a se multiplicarem.

Veio então o caos oposto: as plantas estavam se acabando e o que iriam fazer com os besouros brasileiros? Nesse momento a lei funcionou, pois na razão direta em que diminuíam as plantas, diminuíam os besouros, ficando besouros para plantas e plantas para besouros, mantendo a lei do equilíbrio ecológico, esta lei que nos permite viver na Terra, porque existem classificadas, já, mais de 750 mil famílias de insetos. E todos sabemos que os insetos respiram através de tubos, porém na medida em que eles crescem os tubos não crescem, o que mantém o equilíbrio, porque eles morrem por falta de cubagem de ar. Mas isso não é um acaso,pois do contrário poderíamos encontrar pulgas e moscas com corpos de dromedários e paquidermes, tornando absolutamente impossível a vida na face da Terra.

Sétima: O fato de que o homem pode conceber a idéia de Deus já é, por si mesmo, a grande prova da existência de Deus.

Creio em Deus, por fim, proclama o Dr. Cressy Morrison, pela imaginação, porque só através da imaginação é que o homem pode conceber Deus. Como diz o salmista Davi, no canto 19, versículo 1 dos Salmos: “Cantam os céus a glória de Deus e o firmamento proclama a obra das suas mãos”.
É evidente. Numa noite tranqüila, de céu transparente e estrelado, quem desejar entender Deus faça uma viagem solitária por uma via erma, olhando a grandeza da escumilha celeste. E dirá, entusiasmado: “Senhor, eu vejo milhões de astros que brilham!” E cometerá o seu primeiro engano, porque somente se enxerga a olho nu 5 mil estrelas. Ou melhor, 2.500, porque as outras 2.500 estarão do outro lado do planeta, onde será dia. Quem duvidar, pode conferir! Mas se usar de um binóculo poderá ver 15 mil estrelas; se usar de um telescópio doméstico poderá ver 150 mil estrelas e se for olhar do telescópio de Monte Palomar poderá ver 30 milhões de estrelas em nossa Via Láctea.

Cantando as glórias de Deus!

E o homem emocionado, irá ao observatório de rádio-astronomia da Alemanha e saberá que a nossa Via Láctea tem mais de 100 bilhões de estrelas. E saberá também que é uma galáxia subdesenvolvida, porque existem trilhões de galáxias maiores do que a nossa.
Cantando as glórias de Deus!

E o homem poderá dizer a idade, poderá dizer a intensidade da luz que lhe revela a evolução e a decomposição estelar, porque, dizem os poetas, as estrelas são como as mulheres, quando jovens, tendo como por exemplo, na Espiga da Vigem, 11 mil graus centígrados, elas são brilhantes, brancas, esfuziantes, mas, como o Sol, uma estrela de quinta grandeza, tornam-se amarelas e mais adiante vermelhas, em pleno crepúsculo.

E o homem, entusiasmado, olhará em volta de si e compreenderá que a Via Láctea, conforme pregava Sir James Jeans, astrônomo inglês, poderia ser considerada um arco de carruagem; se o homem saísse da Terra, marchando na mesma direção da velocidade da luz, gastaria, para chegar ao arco da carruagem, 25 séculos, atravessando apenas a sua modesta e pequenina Via Láctea.

Então vem uma sensação de infinito, de grandeza de Deus que comove, e o homem, imediatamente, olhando toda essa grandiosidade, começará a compreender as distâncias. A luz do Sol, viajando a uma velocidade de cerca de 300.000 km/s, chega até nós aproximadamente 7 minutos e 8 segundos depois de ter partido de lá. Ele olha adiante e se deslumbra com a Alpha de Hércules. Mas Alpha de Hércules é uma estrela tão grande, que se ela fosse colocada no nosso sistema solar, no lugar do sol, tomaria o volume do próprio Sol, e ainda os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte caberiam dentro dela, porque ela é cerca de 80mil vezes maior do que o Sol.

Cantando as glórias de Deus!

E o homem olha e começa a medir. Terá que acompanhar novas descobertas da Ciência. Apenas nos anos 80, materializaram-se nos poderosos instrumentos dos pesquisadores estrelas de neutros tão massivas, que uma partícula delas, do tamanho de uma laranja, tem a massa estimada para a Terra, que é de 5 sextilhões e 883 quintilhões de toneladas! Foram detectados quasares, os corpos mais antigos e brilhantes do Universo, que somente podem ser observados em toda a sua plenitude através da associação de vários radiotelescópios postados em diferentes pontos do planeta. Um quasar chega a ter uma radiação 300 bilhões de vezes mais potente que a do sol, mas o seu sinal é muito débil, porque a sua luz vem varando os espaços há mais de 15 bilhões de anos-luz para chegar até nós!

E ao determo-nos em tal contemplação, saberemos que o Sol está caminhando para a morte. É que o nosso astro-rei, para manter em órbita os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, converte centenas de milhões de toneladas de matéria em energia por segundo, de forma que quando o sol não puder manter mais,virá o desequilíbrio gravitacional. Mas não há motivo para nenhum tipo de pânico, porque, de acordo com o cálculo dos astrônomos, isto somente acontecerá daqui a bilhões de anos!

Cantando as glórias de Deus!

Do macrocosmo, aquele viajante solitário da erma estrada pára e leva a língua ao véu palatino. O palato móvel se ergue, ele trava em seco e Deus abandona a galáxia para vir para dentro da sua boca, através das papilas da língua: 5 milhões de corpúsculos gustativos, para lhe dar a sensação de quente, de frio, de doce e salgado.

Ele leva a mão à cabeça e dezenas de bilhões de neurônios cerebrais, encarregados da memória e de mandar a mensagem elétrica e ao mesmo tempo química, para imprimir nas telas e nos recônditos da alma as impressões percebidas pelos sentidos, estão no seu circuito perfeito.
Então ele se agita, e o mais perfeito circuito do mundo está dentro dele mesmo: o aparelho circulatório, que mede oscilantemente de 95 mil a 160 mil quilômetros de veias, vasos e artérias. Cantando as glórias de Deus! E é um aparelho auto-suficiente, porque ele elabora as energias e substâncias de que tem necessidade: leucócitos e hemácias. Se o indivíduo toma uma picada de alfinete, destrói milhares de capilares, e outros milhares de capilares correm para o lugar; se ele toma um talhe e vem a hemorragia, imediatamente os capilares dão-se as mãos, atiram uma camada de fibrina como se fosse um coágulo tampão de algodão para salvar-lhe a vida, porque senão se esvairia em sangue, como no caso dos hemofílicos, que não têm tal defesa.

Cantando as glórias de Deus!

Ele começa a pensar num acepipe, uma comida saborosa. Imediatamente 30 milhões de glândulas, só do estômago, começam a prepara o suco gástrico; ele pensa num bife gaúcho, ou naquele admirável churrasco rodante, que cada hora vem uma coisa e o estômago já sabe que as carnes piores vêm primeiro e as últimas só virão quando ele não agüentar mais. Então, imediatamente ele começa a prepara o suco gástrico. Porém se o indivíduo é um glutão, ele pensa imediatamente numa companhia; ele pensa em tomar um aperitivo e o estômago se prepara. Mas ele adora tortas e o estômago se prepara. Ele vai levando o bolo alimentar aos lábios e já está na papila da língua a enzima ptialina, encarregada pela digestão bucal. Quando ele vai levando o alimento, a enzima está preparada para a digestão, ele diz: “Não; não é isto que eu quero”. Devolve e pega outra coisa. Pobres das glândulas”. Jogam a substância fora e preparam outra. E se ele resolve comer uma salda de frutas ou de legumes, o estômago vê e prepara a reação, até quando não agüenta mais e lhe dá uma indigestão educativa”

Cantando as glórias de Deus!

E as glândulas supra-renais, mantendo o humor pela distribuição da adrenalina? E os rins? 106 quilômetros de veias,vasos e artérias para fazer o milagre do filtrado de sangue. As bombas pulmonares, filtrando a poluição com que o próprio homem destrói o seu ambiente de vida? E a bomba cardíaca, pulsando desde a vida pré-natal, na intimidade do útero materno, até o último instante, quando se dá a morte clínica e vem a degenerescência celular por falta de oxigenação do cérebro.

Cantando as glórias de Deus!

O aparelho genésico, a fonte da procriação, o santuário da espécie, que o homem enxovalha e conspurca perturbado pela sensação. Toda a aparelhagem endócrina. O timo e seus derivados.

Cantando as glórias de Deus!

A dor realmente espalhou-se pela face da Terra, mas isto aconteceu porque o homem voltou-se para dentro de si mesmo e fez-se egoísta.
Professor A. Cressy Morrison
Presidente da Academia de Ciências de New York.


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Divaldo Franco nos fala sobre as sete razões de Cressy




Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

Thursday, December 24, 2015

Carta do senador Públio Lentulus ao imperador Tibério Cézar, descrevendo as características morais e físicas de Jesus

"Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó Cézar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo... Públio Lentulus, presidente da Judéia Lindizione setima, luna seconda.”

(Este documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta, onde se faz o retrato físico e moral de Jesus, foi mandada de Jerusalém ao imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus.)

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo


Feliz Natal com Jesus

Feliz Natal com Jesus, o aniversariante que deve viver em nossos corações todos os dias de nossas
vidas, o aniversariante que deve morar em nossos lares materiais e espirituais constantemente!
 
Feliz Natal para toda a humanidade governada por este Irmão Maior, que nos mostra o caminho para a felicidade com o Pai!
 
Um forte abraço fraterno da família Refletindo o Espiritismo!

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7 – Eu sou o grande médico das almas, e venho trazer-vos o remédio que vos deve curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos, e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais carregados, e sereis aliviados e consolados. Não procureis alhures a força e a consolação, porque o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do Espiritismo: escutai-o. Que a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade, sejam extirpados de vossas almas doloridas. São esses os monstros que sugam o mais puro do vosso sangue, e vos produzem chagas quase sempre mortais. Que no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis sua divina lei. Amai e orai. Sede dócil aos Espíritos do Senhor. Invocai-o do fundo do coração. Então, Ele vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e vos dizer estas boas palavras: “Eis-me aqui; venho a vós, porque me chamastes! - O Espírito de Verdade. (Bordeaux, 1861).”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI)

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*Refletindo o Espiritismo vibrando paz e amor para o mundo!*




 

Wednesday, September 30, 2015

Água em Marte: nós espíritas já sabíamos

Em 1935, a mãe de Chico Xavier, desencarnada, já nos informava que havia água em Marte.

Confiram tudo isto, entre outras revelações, na obra "Cartas de uma morta", psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito de sua mãe Maria João de Deus.
"Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares."

 

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

Wednesday, September 16, 2015

O fim dos tempos é o início da bonança


O fim dos tempos é sim,
O início da bonança;
E nesta cadência explanaremos,
O quanto há nisso concordância.

Compreendendo para sempre,
E louvando a eternidade;
Pois muito que maldizemos,
São lições de alta bondade.

O Planeta em transformação,
Contando com a ajuda da natureza;
Agitando terras, ares e águas,
Retirando tudo que lhe traz pobreza.

Guerras, violências atrozes,
Política suja, abusos sociais;
Tudo parece chegar ao ápice,
Doenças físicas e emocionais.

Mas absolutamente justo,
Deus o é, e também é bom;
Tudo isto está correto,
Sem sair de nem um tom.

Tudo isto nos acorda,
À inevitável reforma;
Cansados do homem velho,
Que padece da desforra.

E na cadência continuamos,
Chamados à regeneração;
Quem nos convida nos conhece,
Estende os braços e o coração.

Mas o amor é crucial,
Para a escalada da nova era;
Somente amando mereceremos,
Continuar nesta esfera.

O fim dos tempos bate à porta,
E isto nos traz contentação;
O fim dos tempos trará alívio,
E para muitos renovação.

E é com toda a certeza pulsante,
Que o fim dos tempos traz esperança;
Porque agora nós sabemos,
Que ele é o início da bonança!

Fraternalmente,

Gabriela Junqueira Balassiano
Refletindo o Espiritismo
 
 

Friday, July 24, 2015

Apometria não é Espiritismo

por Divaldo Franco


O médico carioca residente em Porto Alegre desde os anos 50, Dr. José Lacerda, espírita que era então, começou a realizar atividades mediúnicas normais numa pequena sala de Hospital Espírita de Porto Alegre e ali realizou investigações pessoais que desaguaram no movimento denominado Apometria.

Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria, porque eu não sou apômetra: eu sou espírita, mas o que posso dizer é que a Apometria, segundo os seus próprios seguidores, não é Espiritismo. Suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de “O Livro dos Médiuns”.

A presunção de alguns chegou a afirmar que a Apometria é um passo avançado ao Movimento Espírita e que Allan Kardec encontra-se totalmente ultrapassado, já que sua proposta era para o século XIX e parte do século XX, e que a apometria é o degrau mais evoluído.

A prática e os métodos violentos de libertação dos obsessores que este e outros métodos correlatos apresentam, a mim me parecem tão chocantes que me fazem recordar da lei de Talião, que já foi suavizada por Moisés, com o código legal, e que Jesus sublimou através do amor.

De acordo com aqueles métodos, quando as entidades são rebeldes os doutrinadores, depois de realizarem uma contagem cabalística ou um gestual muito específico, as expulsam com violência para o magma da Terra, substância ainda em ebulição do nosso planeta, ou as colocam em cápsulas espaciais que são disparadas para o mundo da erraticidade.

Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio à minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico, ou ser desintegrado, ou se me mandassem expulso da Terra numa cápsula espacial, renegaria aquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão.

A Doutrina Espírita, baseada no ensino de Jesus, centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas, que, para nós, espíritas, merecem todo respeito, mas não atêm nada a ver com Espiritismo.

O mesmo se dá com as práticas da Terapia de Existências Passadas realizadas dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, que fogem totalmente da finalidade do Espiritismo.

A Casa Espírita não é uma clínica alternativa. Não é lugar onde toda experiência nova deve ser colocada em execução. Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos não conhecem as bases kardequianas e, ao conhecerem-nas, nunca as vivenciaram.

Temos todo o material revelado pelo mundo espiritual nestes tantos anos de codificação, no Brasil e no mundo, pela mediunidade incomparável de Chico Xavier; as informações que vieram pela notável Yvonne do Amaral Pereira; por Zilda Gama e por tantos médiuns nobres conhecidos e desconhecidos.

Então, se alguém prefere a Apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito!

Mas não misture para não confundir. A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância. Poderia haver alguém mais cruel do que o jovem Saulo de Tarso? Ele havia assassinado Estevão a pedradas, havia assassinado outros, e foi a Damasco para assassinar Ananias.

Jesus não o colocou numa cápsula espacial e disparou para o infinito. Apareceu a ele! Conquistou-o pelo amor.
“Saulo, Saulo, por que me persegues?” pode haver maior ternura nisso? E ele tomado de espanto perguntou: “Que é isto?” “Eu sou Jesus, aquele a quem persegues”. E ele, então, caiu em si.

Emmanuel ensina que o termo “caindo em si” significa que a capa do ego cedeu lugar ao encontro com o ser profundo.
Ele despertou, e graças a ele nós conhecemos Jesus pela sua palavra, pelas suas lutas, pelo alto preço que pagou, apedrejado várias vezes, jogado por detrás dos muros nos lugares do lixo, foi resgatado pelos amigos e continuou pregando.

Então, os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles.

Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudocientíficos. Mas, como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita.

Na minha condição de Espírita, exercendo a mediunidade por mais de 60 anos, os resultados têm sido todos colhidos na árvore do amor e da caridade e a nossa mentalidade espírita não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos.

(Texto transcrito à partir de uma entrevista com Divaldo Franco, no programa Presença Espírita da Rádio Boa Nova)
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
 
 

Wednesday, May 13, 2015

Escravidão


II – Escravidão

829. Há homens naturalmente destinados a ser propriedade de outros homens?

— Toda sujeição absoluta de um homem a outro é contrária à lei de Deus. A escravidão é um abuso da força que desaparecerá com o progresso, como pouco a pouco desaparecerão todos os abusos.

Comentário de Kardec: A lei humana que estabelece a escravidão é uma lei contra a natureza, pois assemelha o homem ao bruto e o degrada moral e fisicamente.

830. Quando a escravidão pertence aos costumes de um povo, são repreensíveis os que a praticam, nada mais fazendo do que seguir um uso que lhes parece natural?

— O mal é sempre o mal. Todos os vossos sofismas não farão que uma ação má se torne boa. Mas a responsabilidade do mal é relativa aos meios de que dispondes para o compreender. Aquele que se serve da lei da escravidão é sempre culpável de uma violação da lei natural; mas nisso, como em todas as coisas, a culpabilidade é relativa. Sendo a escravidão um costume entre certos povos, o homem pode praticá-la de boa fé, como uma coisa que lhe parece natural. Mas desde que a sua razão, mais desenvolvida e sobretudo esclarecida pelas luzes do Cristianismo, lhe mostrou no escravo um seu igual perante Deus, ele não tem mais desculpas.

831. A desigualdade natural das aptidões não coloca certas raças humanas sob a dependência das raças inteligentes?

— Sim, para as elevar e não para as embrutecer ainda mais na escravidão. Os homens têm considerado, há muito, certas raças humanas como animais domesticáveis, munidos de braços e de mãos, e se julgaram no direito de vender os seus membros como bestas de carga. Consideram-se de sangue mais puro. Insensatos, que não enxergam além da matéria! Não é o sangue que deve ser mais ou menos puro, mas o Espírito (Ver itens 361 e  803.)

832. Há homens que tratam os seus escravos com humanidade, que nada lhes deixam faltar e pensam que a liberdade os exporia a mais privações. Que  dizer disso?

— Digo que compreendem melhor os seus interesses. Eles têm também muito cuidado com os seus bois e os seus cavalos, a fim de tirarem mais proveito no mercado. Não são culpados como os que os maltratam, mas nem por isso deixam de usá-los como mercadorias, privando-os do direito de se pertencerem a si mesmos.

(“O Livro dos Espíritos”, parte 3ª , cap. X, Da Lei de Liberdade, Escravidão - Allan Kardec, tradução de José Herculano Pires)
 
Fraternalmente!
Refletindo o Espiritismo

 
 

Tuesday, April 28, 2015

As tragédias coletivas na visão espírita

Por Divaldo Franco



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Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, tradução de José Herculano Pires

 
       728. A destruição é uma lei da Natureza?
 
      – E necessário que tudo se destrua para renascer e se regenerar porque  isso a que chamais destruição não é mais que transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
 
      728 – a) O instinto de destruição teria sido dado aos seres vivos com fins providenciais?
 
      – As criaturas de Deus são os instrumentos de que ele se serve para atingir os seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre si e isso com o duplo objetivo de manter o equilíbrio da reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e de utilizar os restos do invólucro exterior. Mas é apenas o invólucro que é destruído e esse não é mais que acessório, não a parte essencial do ser pensante, pois este é o princípio inteligente indestrutível que se elabora através das diferentes metamorfoses por que passa.
 
      729. Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a Natureza os cerca de meios de preservação e conservação?
 
     — Para evitar a destruição antes do tempo necessário. Toda destruição antecipada entrava o desenvolvimento do principio inteligente. Foi por isso que Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
 
       730. Desde que a morte deve conduzir-nos a uma vida melhor, e que nos livra dos males deste mundo, sendo mais de se desejar do que de se temer, por que o homem tem por ela um horror instintivo que a torna motivo de apreensão?
 
       — Já o dissemos. O homem deve procurar prolongar a sua vida para cumprir a sua tarefa. Foi por isso que Deus lhe deu o instinto de conservação e esse instinto o sustenta nas suas provas; sem isso, muito freqüentemente ele se entregaria ao desânimo. A voz secreta que o faz repelir a morte lhe diz que ainda pode fazer alguma coisa pelo seu adiantamento. Quando um perigo o ameaça, ela o adverte de que deve aproveitar o tempo que Deus lhe concede,mas o ingrato rende geralmente graças à sua estrela, em lugar do Criador.
 
       731. Por que, ao lado dos meios de conservação, a Natureza colocou ao mesmo tempo os agentes destruidores?
 
      — O remédio ao lado do mal; já o dissemos, para manter o equilíbrio e  servir de contrapeso.
 
   732. A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos?
 
      — É proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos e desaparece num estado físico e moral mais apurado. Nos mundos mais avançados que o vosso, as condições de existência são muito diferentes.
 
      733. A necessidade de destruição existirá sempre entre os homens na Terra?
 
      —A necessidade de destruição diminui entre os homens à medida que o Espírito supera a matéria; é por isso que ao horror da destruição vedes seguir-se o desenvolvimento intelectual e moral.
 
      734. No seu estado atua], o homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais?
 
      — Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua alimentação e à sua segurança; o abuso jamais foi um direito.
 
      735. Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança; da caça, por exemplo, quando não tem por objetivo senão o prazer de destruir, sem utilidade?
 
     — Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais não destroem mais do que necessitam, mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Prestará contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, pois nesses casos ele cede aos maus instintos.
      736. Os povos que levam ao excesso o escrúpulo no tocante à destruição dos animais têm mérito especial?
      — É um excesso, num sentimento que em si mesmo é louvável, mas que se torna abusivo e cujo mérito acaba neutralizado por abusos de toda espécie Eles têm mais temor supersticioso do que verdadeira bondade.
 
      737. Com que fim Deus castiga a Humanidade com flagelos destruidores?
     — Para fazê-la avançar mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? E necessário ver o fim para apreciaras resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal, e as chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos causam; mas esses transtornos são freqüentemente necessários para fazer com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos(1). (Ver item 744.)
      738. Deus não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os flagelos destruidores?
      — Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. E o homem que não os aproveita; então, é necessário castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir a própria fraqueza.
      738 – a) Nesses flagelos, porém, o homem de bem sucumbe como os perversos; isso é justo?
     — Durante a vida, o homem relaciona tudo a seu corpo, mas, após a  morte, pensa de outra maneira. Como já dissemos, a vida do corpo é um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na Eternidade. Os sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um ensinamento que vos servirá no futuro. Os Espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, eis o mundo real. (Ver item 85.) São eles os filhos de Deus e o objeto de sua solicitude. Os corpos não são mais que disfarces sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes.
      738 – b) Mas as vítimas desses flagelos, apesar disso, não são vítimas?
      — Se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos. Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar.
Comentário de Kardec: Quer a morte se verifique por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao mesmo tempo.
      Se pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a Humanidade numa visão única, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.
 
      739. Esses flagelos destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam?
     — Sim, eles modificam algumas vezes o estado de uma região; mas o  bem que deles resulta só é geralmente sentido pelas gerações futuras.
     740. Os flagelos não seriam igualmente provas morais para o homem, pondo-o às voltas com necessidades mais duras?
     — Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo.
     741. E dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
     — Sim, em parte, mas não como geralmente se pensa. Muitos flagelos são as conseqüências de sua própria imprevidência. Á medida que ele adquire conhecimentos e experiências, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se souber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios da Providência. Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência do homem.
Comentário de Kardec: Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados em primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem não achou na Ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou pelo menos de atenuar tantos desastres? Algumas regiões antigamente devastadas por terríveis flagelos não estão hoje resguardadas? Que não fará o homem, portanto, pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar todos os recursos da sua inteligência e quando, ao cuidado da sua preservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade para com os semelhantes? (Ver item 707.)
(1)  Esta resposta coloca de maneira bem clara o problema dos “saltos” da Natureza, de que tratamos em nota anterior. “O salto qualitativo” a que se refere a dialética marxista, e que para alguns contradiz a ordem evolutiva da doutrina espírita, é exatamente essa espécie de “transtornos” que apressam o desenvolvimento. Como se vê, o Espiritismo reconhece a existência e a necessidade desses “transtornos”, mas integrados no processo geral da evolução, não os admitindo como quebra desse processo. (N. do T.)
 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo