Nasci no Brasil 85 anos após a abolição da
escravatura.
Recebi nesta encarnação uma pele de cor branca,
Mas um sangue misturado que me imacula.
Há 125 anos acabou a vergonhosa escravidão.
E hoje sou branca, sou negra, sou índia, como toda
esta nação,
Que ainda sofre com os rastros de soberba,
Em muitas faces brancas desta encarnação.
Triste ignorância humana que prega o desamor,
Nas suas viagens de ida e volta,
Entre este mundo e o outro, como um viajor.
Triste daquele que de um irmão fizer seu escravo, seu
inferior,
E não estender a mão indistintamente sem olhar a cor.
Pois o corpo um dia morre e o que é eterno é incolor!
Hoje ele é branco amanhã será amarelo.
E se um dia foi preto, será vermelho formando o elo.
A diversidade não vem para separar,
Mas sim nos leva ao Pai
Que somente nos pede para amar!
Gabriela
Junqueira Balassiano
Belo e forte, Gabriela.
ReplyDeleteQue este passado fique cada vez mais longe e não se repita!
Delete