Friday, August 30, 2013

Bônus-Hora

Senhora Laura explica a André Luiz o que é o Bônus-Hora
 

“- Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo...”
“...em ‘Nosso Lar’ a produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva...”

“...Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos. Cada habitante de ‘Nosso Lar’ recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperem podem ter casa própria...”
“...entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou ao contacto de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral...”

“...Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui. Os programas de trabalho, porém, são numerosos e a Governadoria permite quatro horas de esforço extraordinário, aos que desejem colaborar no trabalho comum, de boa-vontade. Desse modo, há muita gente que consegue setenta e dois bônus-hora, por semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada...”
“...Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia, não só na administração, como também na obediência...”

“...Todavia, como conciliar semelhante padrão com a natureza do serviço? O administrador ganhará oito bônus-hora na atividade normal do dia, e o operário do transporte receberá a mesma coisa? Não é o trabalho do primeiro mais elevado que o do segundo?”
“...Tudo é relativo. Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada...”

“...precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados prejuízos da Terra. A natureza do serviço é problema dos mais importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto apresenta solução mais difícil. A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana. Por isso mesmo, é imprescindível fixar as remunerações terrestres com maior atenção. Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório...”
“...Creia, porém, que todos pagarão muito caro a displicência. Parece ainda distante o tempo em que os institutos sociais poderão determinar a qualidade de serviço dos homens, porque, para o plano espiritual superior, não se especificará teor de trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos...”

“...O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora, em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos nossos serviços...”
“Poderemos gastar os bônus-hora conquistados; entretanto, é mais valioso ainda o registro individual da contagem de tempo de serviço útil, que nos confere direito a preciosos títulos...”

“...poderemos repartir as bênçãos de nosso esforço com quem nos aprouver. Isto é direito inalienável do trabalhador fiel. Contam-se por milhares as pessoas favorecidas em ‘Nosso Lar’, pela movimentação da amizade e do estímulo fraternal...”
...Quanto maior a contagem do nosso tempo de trabalho, maiores intercessões podemos fazer. Compreendemos, aqui, que nada existe sem preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa. Pedir, portanto, é ocorrência muito significativa na existência de cada um. Somente poderão rogar providências e dispensar obséquio os portadores de títulos adequados...”

“...Aproxima-se o tempo do meu regresso aos planos da crosta. Tenho comigo três mil Bônus-Hora-Auxílio, no meu quadro de economia pessoal. Não posso legá-los a minha filha que está a chegar, porque esses valores serão revertidos ao patrimônio comum, permanecendo minha família apenas com o direito de herança ao lar; no entanto, minha ficha de serviço autoriza-me a interceder por ela e preparar-lhe aqui trabalho e concurso amigo, assegurando-me, igualmente, o valioso auxílio das organizações de nossa colônia espiritual, durante minha permanência nos círculos carnais...”

(Livro: Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, editora FEB)


Tuesday, August 27, 2013

III Simpósio Espírita do Texas - 2013

Acontecerá no dia 19 de Outubro de 2013, em Houston, o III Simpósio Espírita do Texas, sob o tema “Renewing Attitudes for a Happy Life” (livre tradução: Renovando Atitudes para Uma Vida Feliz).

O evento será realizado no Hilton Garden Inn Houston, das 9:00am às 5:00pm.
O público contará com a apresentação de quatro palestras dos seguintes oradores e temas: Anisio Resem - “Improvement of Mental Health by Self-Balance” (livre tradução: Melhoria da Saúde Mental Através do Auto-equilíbrio), Nahur Fonseca – “Taking Charge of Our Own Happiness” (livre tradução: Assumindo o Controle de Nossa Própria Felicidade), Mauro Pumar – “Evolution and the Future of Man: Pure Spirits” (livre tradução: Evolução e o Futuro do Homem: Espíritos Puros) e Kirsten de Melo – “Happiness Derived from Acts of Goodness” (livre tradução: Felicidade Derivada de Atos de Bondade).

Encerradas as palestras será realizada uma sessão de perguntas e respostas.
O ingresso para uma pessoa custa $30.00 e para duas pessoas $50.00. Estes valores dão direito a um almoço dentro das dependências do simpósio. E é possível, ainda, ficar hospedado no local do evento com desconto especial para grupo (necessário anúncio prévio, antes da reserva de quarto).

O registro para o simpósio pode ser feito através da home page http://txspiritistsymposium.org/. Para mais informações ligue 615-294-8947 (EUA).
Este evento é uma realização das Casas Espíritas Kardec Spiritist Group of Austin, SSD – Spiritist Society of Dallas, Allan Kardec Spiritist Educational Center – Austin, Kardec Spiritist Society of Houston, Spiritist Fraternity Group in San Antonio (toni_george@hotmail.com), além da United States Spiritist Council.

Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo

Sunday, August 25, 2013

Rádio Novelas Espíritas

Conhecemos ontem, através da dica da querida amiga Sandra Amaral, um canal no Youtube que produz rádio novelas das obras Espíritas.

Os vídeos são criados por Rodrigo Verzzon e, segundo informações do canal, pelos grupos Jericó e Os Mensageiros da Luz. O trabalho conta com caprichadas dramatizações e sonoplastias.

Esta é uma idéia excelente e que alcança milhares de irmãos que não têm o hábito da leitura, ou não o fazem por falta de tempo.
Entre os temas que Rodrigo já produziu estão Missionários da Luz, Evolução em Dois Mundos, Memórias de Um Suicida, O Céu e o Inferno, Libertação, entre outros.

Parabéns Rodrigo! Receba aqui a nossa humilde admiração pelo seu esforço na criativa divulgação da Doutrina Espírita!
Clique aqui para ouvir as rádio novelas e conte para seus amigos: http://www.youtube.com/user/rodrigoverzzon/videos

Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo


Pai Nosso

A sublime e mais completa oração, conhecida como a oração dominical. O Pai Nosso ensinado por Jesus, repetido em tantas religiões Cristãs, nos embala há mais de dois mil anos no caminho em direção ao Nosso Pai Maior.

No capítulo XXVIII, em Preces Espíritas, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos o Pai Nosso como o símbolo maior de todas as preces. Lá temos toda a oração explicada, frase a frase, nos seus mais profundos significados.
Nossos Irmãos de Luz, bem como Jesus, nos dizem que a prece não tem um modelo ou segredo, e que o mais importante é o que nos fala o coração! Cada ação no amor, cada olhar benevolente, cada lembrança da existência do Criador, são formas de estar em oração.

Mas o Mestre, sabedor de nossas necessidades e ignorâncias, nos deixou esta, digamos, “fórmula perfeita” de uma humilde súplica a Deus, para que lapidemos a alma, tornando-a mais amorosa, sincera e apta às orações “espontâneas”.
E são séculos e mais séculos que repetimos as tão conhecidas frases da oração dominical, sem que a alcancemos no seu mais verdadeiro sentido. São séculos e mais séculos que proferimos palavras ao vento, que não passam de ecos vazios, sem sentimento e compreensão de tão suprema obra poética do Nazareno.

Levemos o Pai Nosso, verdadeiramente, para dentro de nossos lares, nossos trabalhos, nossas amizades e nossas Casas Espíritas. Vivamos o Pai Nosso e façamos nossa reforma íntima, sejamos o Pai Nosso, assim como Jesus nos ensinou!
Veja abaixo o que nos diz a obra codificada por Allan Kardec, no prefácio que antecede o Pai Nosso:

ORAÇÃO DOMINICAL

2. PREFÁCIO. Os Espíritos recomendaram que, encabeçando esta coletânea, puséssemos a Oração dominical, não somente como prece, mas também como símbolo. De todas as preces, é a que eles colocam em primeiro lugar, seja porque procede do próprio Jesus (S. Mateus, 6:9 a 13), seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem a diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.

Contudo, em virtude mesmo da sua brevidade, o sentido profundo que encerram as poucas palavras de que ela se compõe escapa à maioria das pessoas. Daí vem o dizerem-na, geralmente, sem que os pensamentos se detenham sobre as aplicações de cada uma de suas partes. Dizem-na como uma fórmula cuja eficácia se ache condicionada ao número de vezes que seja repetida. Ora, quase sempre esse é um dos números cabalísticos: três, sete ou nove, tomados à antiga crença supersticiosa na virtude dos números e de uso nas operações da magia.

Para preencher o que de vago a concisão desta prece deixa na mente, a cada uma de suas proposições aditamos, aconselhado pelos Espíritos e com a assistência deles, um comentário que lhes desenvolve o sentido e mostra as aplicações. Conforme, pois, as circunstâncias e o tempo de que disponha, poderá, aquele que ore, dizer a Oração dominical, ou na sua forma simples, ou na desenvolvida.

Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo

Leia também: Oração

Thursday, August 22, 2013

Oremos pela Síria

Gostaríamos de escrever sobre o que está acontecendo na Síria neste momento. Mas quando paramos para nos concentrar sobre o assunto e tentamos iniciar as primeiras linhas, são tantos os pensamentos sobre o que está acontecendo, são tantos os aspectos a serem observados, sendo o aspecto mais importante e mais delicado o “Espiritual”.

Então, ao invés de se ater em analisar este vergonhoso conflito, preferimos, em respeito e amor fraterno a todos os Espíritos desencarnados, pedir a Deus, a Jesus e às falanges trabalhadoras de Espíritos de Luz, das colônias espirituais localizadas naquela região, que envolvam esses irmãos desencarnados em vibrações de amor infinito e os recebam em seus hospitais de apoio aos desencarnados pela guerra.
Rogamos ainda Senhor, misericórdia pelos fomentadores dessa guerra, pois eles não sabem o que fazem. Pedimos que em breves reencarnações, esses irmãos enxerguem os erros que estão cometendo e mudem o curso de suas vidas.

Pedimos Luz para nosso Planeta em evolução!

Paz na Terra, à toda a humanidade!

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

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Guerras
(O Livro dos Espíritos – Parte 3 – cap. VI – Da Lei de Destruição)

742. Que é o que impele o homem à guerra?
“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem – o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”

743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.”

744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?
“A liberdade e o progresso.”

a)      _ Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade, como pode freqüentemente ter por objetivo e resultado a escravização?

“Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais depressa.”
745. Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu?

“Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”

Os Espíritos Durante os Combates
(O Livro dos Espíritos – Parte 2 – cap. IX – Da Intervenção dos Espíritos)

541. Durante uma batalha, há Espíritos assistindo os combates e amparando cada um dos exércitos?
“Sim, e que lhes estimulam a coragem.”

            Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias.
542. Estando, numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta?

“Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa.”
543. Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?

“Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.”
544. Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota?

“Podem; mas, não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma idéia falsa, sofrerá as conseqüências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar.”
545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?

“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem dotado.”
546. No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha?

“Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam.”
            Dá-se, nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpeendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge.

547. Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros?
“Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie o seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas idéias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter.”

a)      _ Continua a ouvir o rumor da batalha?

“Perfeitamente.”
548. O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação?

“Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui-lo, a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhe causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida toda concentrado no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações.”

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Dica de leitura:
 

 

Fica aí a dica!

Queridos irmãos,

Gostaríamos de recomendar um excelente site sobre Espiritismo, o Orientação Espírita.
Lá vocês encontrarão materiais de estudo da Doutrina, críticas literárias, dicas de leitura, vídeos, pensamentos, artigos e muito mais.

Chamamos a atenção para um ótimo vídeo, onde Divaldo Franco nos fala sobre “Obras Anti-Doutrinárias Devem Ser Proibidas?”
Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier


Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões, bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.
Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.
Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seus líderes, que passaram a amá-lo; tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.
Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam à sua volta e longe dele, sobre a doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.
Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.
...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:
- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do Reino dos Céus.
Joanna de Ângelis
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 27.07.2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 10.05.2010.

Este texto foi reproduzido e pode ser lido no site oficial de Divaldo Franco neste link: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=167

Fraternalmente,

Refletindo o Espiritismo


Wednesday, August 21, 2013

NASA pesquisou a mediunidade de Chico Xavier

“Em 1978, na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, Chico Xavier submeteu-se a uma pesquisa de sua mediunidade pela NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos), realizada pelo engenheiro eletrônico Paul Hild, que se utilizou de modernos aparelhos, durante seis dias.

Este pesquisador, naquela época, declarou à imprensa brasileira que “a aura espiritual de Francisco Cândido Xavier é sentida num raio de 10 metros”, o que considerou extraordinário, pois “outros médiuns pesquisados mostraram uma aura de um raio máximo de dois centímetros”.

(Fonte: Anuário Espírita 1979, p. 145 e Chico Xavier – Mediunidade e Ação, Carlos A. Baccelli, IDEAL, p. 99)
 Fraternalmente,

Refletindo o Espiritismo

Tuesday, August 20, 2013

Chegarão os dias em que...

Chegarão os dias em que muito nos bastará o cuidado do sol queimando nossos miasmas deletérios e o refazimento majestoso do luar brilhante.

Chegarão os dias em que os aromas das flores terão muito mais poder de cura do que, simplesmente, nos fornecer vaidosos líquidos perfumes em frascos.
Chegarão os dias em que as sociedades estarão melhores estruturadas e pautadas na caridade e na regeneração do próximo, abrindo caminho a uma medicida exercida gratuitamente, bem como a educação. Ambas em honrado nível espiritual para o Bem, no Bem.

Chegarão os dias em que as prisões serão escolas de reforma íntima espontânea e os hospícios transformados em hospitais de curas avançadas dos sofrimentos seculares do Espírito encarnado.
Chegarão os dias em que a Ciência, a Filosofia e a Religião serão compreendidas como um mesmo elemento, já sem a necessidade da distinção, mesclando-se, atuando em parceria e harmonia.

Chegarão os dias em que os currículos escolares serão enriquecidos pelo estudo sistematizado da rica literatura Espírita.
Chegarão os dias em que a Mãe Natureza não se revoltará através de seus fenômenos naturais de reeducação dos homens imprudentes.

Chegarão os dias em que os animais começarão a fazer parte do grande espetáculo Divino sem a necessidade da imolação.
Chegarão os dias em que a água será abundante e mais límpida, o vento sereno e o fogo fonte de calor reconfortante nas noites mais frias.

Chegarão os dias em que menos importante será a cor da pele, mas tão somente as cores luminosas que nos envolvem, segundo as nossas obras no Evangelho do Mestre, mostrando-nos verdadeiramente no que mais tem valor ao Criador.
Chegarão os dias em que a necessidade do perdão quase não fará mais parte da nossa realidade em ascensão.

Chegarão os dias em que trabalharemos com mais empenho pra dizermos uns aos outros “Eu te amo” assim como o Cristo nos ensinou a amar.
Chegarão os dias em que iniciaremos na grande escola da regeneração para vivermos no futuro como uma única família, filhos de um mesmo Pai.

Chegarão os dias em que a Terceira Revelação começará a ser melhor compreendida e vivida, abrindo caminho para planos maiores da Espiritualidade em favor da humanidade.
Chegarão os dias... dias que já dão sinais de avizinharem-se!

Fraternalmente!

Gabriela Junqueira Balassiano

Monday, August 19, 2013

Amor

O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.

Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza.

É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.

Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.

Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.

Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.

Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.

Mercê de semelhante bênção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.

O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que o representa junto do verme. A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante. Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte. No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.

O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.

E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.

Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.

Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer idéia de recompensa.

Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível: – “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

(Livro: Pensamento e Vida, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 30, ed. FEB)

Wednesday, August 14, 2013

O Esplendoroso Rosto de Maria

Este é um maravilhoso quadro do esplendoroso rosto de Maria, Nossa Senhora.

A Mãe de Jesus, exemplo máximo e perfeito de amor incondicional materno. A incansável trabalhadora das esferas espirituais perturbadas, resgatando almas sofridas.

Este abençoado trabalho artístico foi realizado a “seis mãos!!!”. Baseado em um retrato falado ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier e pintado pelo artista Vicente Avela, entre os anos de 1983 e 1984, em São Paulo, temos hoje a imagem do rosto da amada Maria!

  
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Todos os dias, às 18:00 (horário do Brasil), a rádio Rio de Janeiro nos presenteia com a “Meditação e Evocação da Ave Maria”, com uma comovida prece a Mãe Maior e estudos doutrinários.
Uma sensação maravilhosa de paz e harmonia invade o ambiente e o coração se acalma! Um verdadeiro acolhimento espiritual!
 
Fraternalmente!
 
Refletindo o Espiritismo


Monday, August 12, 2013

Oração

A oração é divino movimento do espelho de nossa alma no rumo da Esfera Superior, para refletir-lhe a grandeza.

Reportamo-nos aqui ao apelo vivo do espírito às Potências Celestes, quer vestido na fórmula verbal, quer absolutamente sem ela, na silenciosa mensagem da vibração.

Imaginemos a face de um espelho voltada para o Sol, desviando-lhe o fulgor na direção do abismo.

Esta, na essência, é a função da prece, buscando o Amor Divino para concentrar-lhe a claridade sobre os vales da ignorância e do sofrimento, da miséria e do ódio, que ainda se estendem no mundo.

Graduada, desde o mais simples desejo, a exteriorizar-se dos mais ínfimos seres, até a exaltação divina dos anjos, nada se faz na Terra sem o impulso da aspiração que orienta o passo de todas as criaturas...

No corpo ciclópico do Planeta, a oração é o movimento que o mantém na tela cósmica; no oceano, é o fenômeno da maré, pelo qual as águas aspiram ao grande equilíbrio. Na planta, é a chamada fototaxia ou anseio com que o vegetal se levanta para a luz, incorporando-lhe os princípios; no animal, é o instinto de curiosidade e indagação que lhe alicerçam as primeiras conquistas da inteligência, tanto quanto, no homem comum, é a concentração natural, antes de qualquer edificação no caminho humano.

O professor planeando o ensinamento e o médico a ensimesmar-se no estudo para sanar determinada moléstia, o administrador programando a execução desse ou daquele serviço, e o engenheiro engolfado na confecção de uma planta para certa obra, estão usando os processos da oração, refletindo na própria mente os propósitos da educação e da ciência de curar, da legislação e do progresso, que fluem do plano invisível, à feição de imagens abstratas, antes de se revelarem substancialmente ao mundo.

Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da vida.

A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons.

A vontade que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos através dos quais o espírito recolhe em silêncio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo, o influxo dos Mensageiros Divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem a emoção e a idéia, com que se lhe aperfeiçoa a existência.

Dispomos na oração do mais alto sistema de intercâmbio entre a Terra e o Céu.

Pelo divino circuito da prece, a criatura pede o amparo do Criador e o Criador responde à criatura pelo princípio inelutável da reflexão espiritual, estendendo-lhe os Braços Eternos, a fim de que ela se erga dos vales da vida fragmentária para os cimos da Vida Vitoriosa.

(Livro: Pensamento e Vida, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 26, ed. FEB)


Prece de Cáritas
(A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro,
do ano de 1873, ditada por Cáritas)
 
 
 
Deus, nosso pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!

Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!

Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aqueles que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.

Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nas beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.

E um só coração, um só pensamento subirá até vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder! Oh Bondade! Oh Beleza! Oh Perfeição! E queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.

Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.
 
Assim Seja; Graças a Deus.

 

Abra o link para algumas Preces Espíritas: http://bvespirita.com/Preces%20Esp%C3%ADritas%20(Cairbar%20Schutel).pdf

 

Wednesday, August 7, 2013

O Bom Samaritano

Algum dia, após um ato Cristão para com o próximo, alguns lhe chamaram de “o bom  samaritano”?

Este é um termo muito comum para denominar aquele que faz a caridade.
Entenda quem são os samaritanos segundo explicação escrita no “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Allan Kardec, logo na sua introdução:

Samaritanos. – Após o cisma das dez tribos, Samaria se constituiu a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída várias vezes, tornou-se, sob os romanos, a cabeça da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, chamado o Grande, a embelezou de suntuosos monumentos e, para lisonjear Augusto, lhe deu o nome de Augusta, em grego Sebaste.

Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. Aqueles, para tornarem maior a cisão e não terem de vir a Jerusalém pela celebração das festas religiosas, construíram para si um templo particular e adotaram algumas reformas. Somente admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esse foram posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebraicos da mais alta antigüidade. Para os judeus ortodoxos, eles eram heréticos e, portanto, desprezados, anatematizados e perseguidos. O antagonismo das duas nações tinha, pois, por fundamento único a divergência das opiniões religiosas; se bem fosse a mesma a origem das crenças de uma e outra. Eram os protestantes desse tempo.

Ainda hoje se encontram samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Nablus e em Jafa. Observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros judeus e só entre si contraem alianças.

Parábola do bom samaritano

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kadec, cap. XV, Fora da Caridade Não Há Salvação, 2 e 3 – ed. FEB)

2. Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? – Respondeu-lhe Jesus:Que é o que está escrito na lei? Que é o que lês nela? – Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. – Disse-lhe Jesus:Respondeste muito bem; faze isso e viverás.

Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: Quem é o meu próximo? – Jesus, tomando a palavra, lhe diz:

Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. – Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. – Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. – Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. – Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. – No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.

Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? – O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. – Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, 10:25 a 37.)

3. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade: Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos;

amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o

que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura.

No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.

Naquele julgamento supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoismo.
 
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo