Sunday, August 25, 2013

Pai Nosso

A sublime e mais completa oração, conhecida como a oração dominical. O Pai Nosso ensinado por Jesus, repetido em tantas religiões Cristãs, nos embala há mais de dois mil anos no caminho em direção ao Nosso Pai Maior.

No capítulo XXVIII, em Preces Espíritas, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos o Pai Nosso como o símbolo maior de todas as preces. Lá temos toda a oração explicada, frase a frase, nos seus mais profundos significados.
Nossos Irmãos de Luz, bem como Jesus, nos dizem que a prece não tem um modelo ou segredo, e que o mais importante é o que nos fala o coração! Cada ação no amor, cada olhar benevolente, cada lembrança da existência do Criador, são formas de estar em oração.

Mas o Mestre, sabedor de nossas necessidades e ignorâncias, nos deixou esta, digamos, “fórmula perfeita” de uma humilde súplica a Deus, para que lapidemos a alma, tornando-a mais amorosa, sincera e apta às orações “espontâneas”.
E são séculos e mais séculos que repetimos as tão conhecidas frases da oração dominical, sem que a alcancemos no seu mais verdadeiro sentido. São séculos e mais séculos que proferimos palavras ao vento, que não passam de ecos vazios, sem sentimento e compreensão de tão suprema obra poética do Nazareno.

Levemos o Pai Nosso, verdadeiramente, para dentro de nossos lares, nossos trabalhos, nossas amizades e nossas Casas Espíritas. Vivamos o Pai Nosso e façamos nossa reforma íntima, sejamos o Pai Nosso, assim como Jesus nos ensinou!
Veja abaixo o que nos diz a obra codificada por Allan Kardec, no prefácio que antecede o Pai Nosso:

ORAÇÃO DOMINICAL

2. PREFÁCIO. Os Espíritos recomendaram que, encabeçando esta coletânea, puséssemos a Oração dominical, não somente como prece, mas também como símbolo. De todas as preces, é a que eles colocam em primeiro lugar, seja porque procede do próprio Jesus (S. Mateus, 6:9 a 13), seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem a diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.

Contudo, em virtude mesmo da sua brevidade, o sentido profundo que encerram as poucas palavras de que ela se compõe escapa à maioria das pessoas. Daí vem o dizerem-na, geralmente, sem que os pensamentos se detenham sobre as aplicações de cada uma de suas partes. Dizem-na como uma fórmula cuja eficácia se ache condicionada ao número de vezes que seja repetida. Ora, quase sempre esse é um dos números cabalísticos: três, sete ou nove, tomados à antiga crença supersticiosa na virtude dos números e de uso nas operações da magia.

Para preencher o que de vago a concisão desta prece deixa na mente, a cada uma de suas proposições aditamos, aconselhado pelos Espíritos e com a assistência deles, um comentário que lhes desenvolve o sentido e mostra as aplicações. Conforme, pois, as circunstâncias e o tempo de que disponha, poderá, aquele que ore, dizer a Oração dominical, ou na sua forma simples, ou na desenvolvida.

Fraternalmente!

Refletindo o Espiritismo

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