Caridade, virtude
Divina que leva o homem à perfeição. Pois sem caridade é impossível amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Caridade,
manifestação de Deus no Espírito encarnado.
A caridade é
singela, humilde e discreta. Ela não humilha e não espera nada em troca. Não faz
barganhas ou exige aplausos.
A caridade
material, a mais fácil e descompromissada dos auxílios obrigatórios por parte
daqueles que têm mais que outros, pode chegar ao próximo de forma mais virtuosa
e digna ou não, depende da intenção de quem a faz.
A caridade
moral, essa por si só já se mostra elevada e nobre, pois ela nos exige
compromisso e envolvimento. Através de um abraço, um afago, uma atenção, um
carinho sincero àqueles que estão abandonados à sua sorte, você estará
praticando a caridade na sua forma mais sublime e valiosa.
Dar aquilo que
te sobra é caridade, mas dar aquilo que te falta é a expressão maior da
caridade, desprendimento e amor a Deus.
Se o que te
falta é o dinheiro, lembre-se que o amor te sobra no peito, e que muitos irmãos
prostrados numa cama se levantariam para receber o seu amor, lhe estender os
braços e agradecer ao Céu por você existir.
Se o que te
falta é o dinheiro, mas te sobra amor, paciência, esperança, tolerância, fé, alegria,
humildade, dignidade, então, renda Graças a Deus, pois você é um afortunado do
infinito. E estas virtudes são riquezas abundantes que podem sempre ser divididas com aqueles que
delas necessitam.
Mas se te sobra
o dinheiro e te falta todo o resto, infeliz de ti. Pois as riquezas da Terra
jamais comprarão a tua felicidade. As riquezas da Terra não são moedas de troca
pelas riquezas Divinas, as verdadeiras e inesgotáveis.
Jamais se
esqueça de que a lei de causa e efeito é indomável e ninguém foge a ela. Nós
colhemos tudo o que plantamos. Se plantamos egoísmo e desamor, colheremos o
abandono e traição quando mais precisármos. Se plantamos amor, nunca estaremos
sozinhos.
Pratique a
caridade, você é capaz! Todos nós sempre teremos algo sobrando, que falta para
o outro. A caridade é um caminho lindo sem volta, pois depois de desfrutármos
das sensações gratificantes e nobres que ela nos faz sentir, ela se torna vital.
Faça o bem pelo bem e nada mais.
“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e
a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que
soa, e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que
penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas;
ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas,
se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens
para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se
não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a
caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de
orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem
se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça,
mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a
caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade.”
(S. Paulo, 1ª Epístola
aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)
Gabriela Junqueira Balassiano
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