Thursday, May 16, 2013

Fora da Caridade Não Há Salvação (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, capítulo XV)

Caridade, para uns tão fácil, tão simples e tão natural, enquanto que para outros uma barreira intransponível.

Caridade, virtude Divina que leva o homem à perfeição. Pois sem caridade é impossível amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Caridade, manifestação de Deus no Espírito encarnado.

A caridade é singela, humilde e discreta. Ela não humilha e não espera nada em troca. Não faz barganhas ou exige aplausos.

A caridade material, a mais fácil e descompromissada dos auxílios obrigatórios por parte daqueles que têm mais que outros, pode chegar ao próximo de forma mais virtuosa e digna ou não, depende da intenção de quem a faz.

A caridade moral, essa por si só já se mostra elevada e nobre, pois ela nos exige compromisso e envolvimento. Através de um abraço, um afago, uma atenção, um carinho sincero àqueles que estão abandonados à sua sorte, você estará praticando a caridade na sua forma mais sublime e valiosa.

Dar aquilo que te sobra é caridade, mas dar aquilo que te falta é a expressão maior da caridade, desprendimento e amor a Deus.

Se o que te falta é o dinheiro, lembre-se que o amor te sobra no peito, e que muitos irmãos prostrados numa cama se levantariam para receber o seu amor, lhe estender os braços e agradecer ao Céu por você existir.

Se o que te falta é o dinheiro, mas te sobra amor, paciência, esperança, tolerância, fé, alegria, humildade, dignidade, então, renda Graças a Deus, pois você é um afortunado do infinito. E estas virtudes são riquezas abundantes  que podem sempre ser divididas com aqueles que delas necessitam.

Mas se te sobra o dinheiro e te falta todo o resto, infeliz de ti. Pois as riquezas da Terra jamais comprarão a tua felicidade. As riquezas da Terra não são moedas de troca pelas riquezas Divinas, as verdadeiras e inesgotáveis.

Jamais se esqueça de que a lei de causa e efeito é indomável e ninguém foge a ela. Nós colhemos tudo o que plantamos. Se plantamos egoísmo e desamor, colheremos o abandono e traição quando mais precisármos. Se plantamos amor, nunca estaremos sozinhos.

Pratique a caridade, você é capaz! Todos nós sempre teremos algo sobrando, que falta para o outro. A caridade é um caminho lindo sem volta, pois depois de desfrutármos das sensações gratificantes e nobres que ela nos faz sentir, ela se torna vital. Faça o bem pelo bem e nada mais.

“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa, e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade.”

(S. Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

 

Gabriela Junqueira Balassiano

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