Thursday, August 22, 2013

Oremos pela Síria

Gostaríamos de escrever sobre o que está acontecendo na Síria neste momento. Mas quando paramos para nos concentrar sobre o assunto e tentamos iniciar as primeiras linhas, são tantos os pensamentos sobre o que está acontecendo, são tantos os aspectos a serem observados, sendo o aspecto mais importante e mais delicado o “Espiritual”.

Então, ao invés de se ater em analisar este vergonhoso conflito, preferimos, em respeito e amor fraterno a todos os Espíritos desencarnados, pedir a Deus, a Jesus e às falanges trabalhadoras de Espíritos de Luz, das colônias espirituais localizadas naquela região, que envolvam esses irmãos desencarnados em vibrações de amor infinito e os recebam em seus hospitais de apoio aos desencarnados pela guerra.
Rogamos ainda Senhor, misericórdia pelos fomentadores dessa guerra, pois eles não sabem o que fazem. Pedimos que em breves reencarnações, esses irmãos enxerguem os erros que estão cometendo e mudem o curso de suas vidas.

Pedimos Luz para nosso Planeta em evolução!

Paz na Terra, à toda a humanidade!

Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo

****************************************************
Guerras
(O Livro dos Espíritos – Parte 3 – cap. VI – Da Lei de Destruição)

742. Que é o que impele o homem à guerra?
“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem – o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”

743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.”

744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?
“A liberdade e o progresso.”

a)      _ Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade, como pode freqüentemente ter por objetivo e resultado a escravização?

“Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais depressa.”
745. Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu?

“Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”

Os Espíritos Durante os Combates
(O Livro dos Espíritos – Parte 2 – cap. IX – Da Intervenção dos Espíritos)

541. Durante uma batalha, há Espíritos assistindo os combates e amparando cada um dos exércitos?
“Sim, e que lhes estimulam a coragem.”

            Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias.
542. Estando, numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta?

“Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa.”
543. Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?

“Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.”
544. Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota?

“Podem; mas, não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma idéia falsa, sofrerá as conseqüências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar.”
545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?

“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o vêem dotado.”
546. No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha?

“Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam.”
            Dá-se, nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpeendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge.

547. Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros?
“Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie o seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas idéias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter.”

a)      _ Continua a ouvir o rumor da batalha?

“Perfeitamente.”
548. O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação?

“Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui-lo, a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhe causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida toda concentrado no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações.”

****************************************************
Dica de leitura:
 

 

2 comments:

  1. Uma reflexão sobre o grande drama, suas causas, e o que podemos (ou não podemos) fazer para ajudar...
    Estes dias eu estava pensando, e, cansada de ouvir comentários sócio/políticos, econômicos e imagens chocantes, me veio à mente o que o Espiritismo diz sobre esse conflito... inha avó era Síria, maronita, e pouco sabemos a respeito da infância dela, a não ser que ela saiu da Síria em 1903, aos 6 anos, com a mãe e a irmã. Fugiram dos turcos. Num barquinho precário, deu nos costados da Sicília, onde cresceu. Poderia ter sido Grécia, caso a maré fosse propicia àqueles costados...
    Na Sicilia ela foi batizada novamente, desta vez pela Igreja Católica Romana, para poder ir à escola e se alfabetizar. Recebeu um nome italiano, e seu passado ficou definitivamente encerrado. A irmã e a mãe, idem.
    Vejo esses refugiados, e penso em minha avó e em milhares, que como ela, já fizeram essa viagem pela sobrevivência em um tempo nem tão distante. Muitos sobrevivram. Muitos, não conseguiram.
    Parece um ciclo... grandes migrações, grandes massacres, grandes genocídios, tudo sempre se repete, qual massa que se sova à guisa de aprimoramento...
    Quando aprenderemos?
    Leio comentários cada vez mais maldosos, preconceituosos, de gente que nem os conhece, não sabe nada da sua história e cultura.... só conhece o ódio... confundem-os com os terroristas, Talebãs, radicais xiitas... muitos o são mesmo, e isso pode provocar um caos na Europa, mas poucos parecem delicados e dedicados a separar quem é quem... Nem todos os islâmicos matam em nome de Alah. E muitos são cristãos ortodoxos, ou de outras facções cristãs. Um menininho morto na praia, centenas de meninas mortas por dentro, violentadas, grávidas, abortadas ou não, rapazotes seviciados, mães aos prantos, pais desesperados... dói.... muito....
    E no entanto, conseguem sorrir ante um pedaço de pão.... Têm esperança nos olhos...
    Ainda tenho muito a aprender.... ainda me pergunto.... Porque?? Por quem?? Pra que??? Até quando??

    ReplyDelete
    Replies
    1. Querida Jane, paz e bênçãos!

      Quanta gratidão por este depoimento tão emocionante e que nos enriquece muito!
      Apesar de o tema ser tão triste, suas palavras trazem luz para nós!
      Acredito que muitos de nós, hoje, nos perguntamos e perguntamos ao Pai, o por quê de sofrimentos tão atrozes.
      Mesmo conhecendo a Doutrina Espírita, sendo conhecedores da justiça divina que é soberanamente boa, nós ainda temos dificuldades para digerir estas calamidades!

      Eu deixo aqui o link de uma entrevista com Divaldo Franco, onde ele nos fala sobre as tragédias coletivas, que eu acho que se encaixa bem para todos os tipos de tragédias.
      https://www.youtube.com/watch?v=LJXmnyiKWCg&feature=youtu.be

      Mais uma vez agradecemos as suas palavras.
      E vamos nos unir em oração por todos esses irmãos que ainda necessitam passar por provas e expiações tão doloridas!

      Um forte abraço de luz!

      Delete