Wednesday, May 22, 2013

A Consoladora Doutrina Espírita

Conversando com uma amiga, também Espírita, ela comentou que tem percebido que, tristemente, muitos Espíritas divulgam a Doutrina como uma religião de sofrimento e não de consolo.

Esta é uma teoria completamente falsa, uma interpretação equivocada. A Doutrina Espírita é, justamente, o Consolador Prometido por Jesus antes de seu retorno à Pátria Espiritual.
A Doutrina Espírita vem esclarecer, de forma completamente transparente, através do Espírito de Verdade e outros Espíritos altamente iluminados, as leis perfeitas e consoladoras de Deus, por meio dos ensinamentos de Jesus, com suas magnânimas parábolas.

E para compreender a grandiosidade desses ensinamentos e o quão eles são consoladores, faz-se necessário ressaltar alguns princípios básicos que um Espírita necessita aceitar como verdades.

São eles:

Pluralidade dos mundos e o planeta Terra como um planeta de provas e expiações -  existem infinitos planetas, cada um com diferentes graus de elevação, fazendo-se, assim, fundamental, uma seleção natural de onde cada Espírito irá reencarnar. Sabendo-se que o planeta Terra está em estágio de provas e expiações, concluimos que os Espíritos aqui reencarnados estão compatíveis com estas vibrações. A maioria dos Espíritos que aqui se encontra, ainda persiste em erros milenares e passa pelo processo de tentativa de melhoramento, cujos resultados alcançados ao final de uma vida serão segundo a sua aceitação e compreensão da lei de progresso;

Lei de causa e efeito – Deus não pune nenhum de seus filhos. Nós é que somos 100% responsáveis pelos sofrimentos que vivemos. Esta é a lei natural de causa e efeito. Seria justo que uma pessoa que planta o mal, colhesse o bem? Nós, simplesmente, sofremos o reflexo das próprias ações. “Quem matou pela espada, pela espada perecerá”;
Deus é soberanamente justo, bom e nos ama incondicionalmente – Jesus nos ensinou que para Deus, uma singela atitude de amor para com o próximo cobre um milhão de pecados. E o arrependimento sincero nos alivia as provas. Deus nos ama incondicionalmente sem qualquer distinção. E assim como um pai que ama seu filho, Ele nos educa em direção a perfeição, ao Seu encontro, da forma mais justa que poderia existir, nos deixando sob a lei de causa e efeito. Deixar um filho persistir em erros é negligenciar ao amor incondicional;

Reencarnação e esquecimento do passado – quando estamos na condição de reencarnados, recebemos a graça de esquecermos o nosso passado, ganhando uma nova chance de se reconciliar com os inimigos, aparar arestas e purificar o Espírito em direção à perfeição. Estas reencaranações de reparações de erros e harmonizações se dão fortemente em família. Imagine, então, se não tivéssemos o esquecimento, e nos encontrássemos diante de um inimigo ferrenho, de muitas vidas, reencarnado como nosso irmão, pai ou mãe; seria muito difícil completar a tarefa com êxito.

Em raros casos esta revelação é dada ao reencarnado, para esclarecimentos necessários sobre certas angústias. E quando assim acontece, tenhamos a certeza de que a pessoa está preparada para saber a verdade e fazer um proveito positivo da revelação.
Existência dos Espíritos/Vida eterna/Lei de progresso – somos todos Espíritos eternos e nenhum de nós regride durante o aprendizado, através das reencarnações em diversos planetas ou em esferas espirituais vizinhas da Terra. Um Espírito pode estacionar mas, jamais, regredir. Apesar de esquecermos o passado, nós espíritas sabemos que não viemos do nada e não iremos para o nada. Contrariamente a outras religiões fatalistas, que impõem um inferno eterno ou um céu eterno, o Espiritismo nos ensina que a vida continua e temos sempre uma nova oportunidade de progredir e lutar pelo nosso melhoramento.

Mediunidade inerente/Comunicação entre encarnados e desencarnados – todos nós, sem distinção, somos médiuns e estamos em contato com o mundo espiritual 24 horas. A diferença é que uns têm mediunidades ostensivas e outros não as desenvolvem, mas fazem uso delas mesmo que inconscientemente. A mediunidade é a nossa ligação entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados, nos dando a oportunidade de receber ajudas e esclarecimentos dos nossos Irmãos Protetores. E se essa conexão é usada por Espíritos persistentes no mal para nos prejudicar, a culpa é unicamente nossa, que nos sintonizamos com eles. Sem sintonia o mal não nos pode ganhar!
Se analisarmos, atentamente, cada um desses princípios, colocando nosso egoísmo e nossa prepotência de lado, transcendendo o aqui e o agora, veremos como a Doutrina Espírita é consoladora e não nos faz sofrer. Quem nos faz sofrer somos nós mesmos. Fomos criados por Deus e Dele recebemos o lívre-arbítrio, o que nos faz responsáveis pelos nossos atos e merecedores de reações compatíveis a eles.

Nenhuma outra religião esclarece e consola tanto como a Doutrina Espírita. Muitas delas se apoiam num Deus cruel e em penas eternas, não dando chance de reconciliação com o próximo e com o próprio Ser, além de não terem explicações racionais para os sofrimentos humanos.
Leiamos Allan Kardec, leiamos o Pentateuco – os cinco livros basilares da Doutrina Espírita. Mas leiamos, releiamos, releiamos mais uma vez, releiamos quantas vezes forem necessárias, sem as amarras do orgulho!

Fraternalmente, 
Refletindo o Espiritismo
 

 
http://refletindooespiritismo.blogspot.com/p/httpwww.html

4 comments:

  1. Excelente esclarecimento sobre a importância do estudo das obras fundamentais da doutrina espírita a correta compreensão do amor que nela foi depositado. Infelizmente, muitos aprendem o espiritismo por meio de romances, os quais trazem bons ensinamentos, mas costumam dar muita ênfase no sofrimento, pois é isso que nos faz identificarmos-nos com tais leituras e nos passa a ideia de que ser espírita é sinonimo de sofrer. O espiritismo é amor e caridade, é uma luta sim, mas uma luta para o melhor, para sermos mais brandos, humildes, mansos, amigos, companheiros e principalmente para aprendermos a amar.

    Abraços fraternos!

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    1. Suas palavras engrandecem ainda mais o que gostaríamos de esclarecer! Muito obrigada amigo!

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  2. Caramba, tenho passado maus momentos em minha humilde vida, tenho feito coisas de que não me orgulho e isso me faz sofrer bastante...

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    1. Luizinho,
      O sofrimento já é um sinal de progresso, um alerta vermelho de que queremos mudar.
      Deus não condena e não julga, mas, ao contrário, nos dá infinitas oportunidades de reparar os erros e continuar caminhando pra frente.
      A escolha é nossa. Todos temos o livre-arbítrio para insistir nos erros ou corrigí-los.
      Deus confia na sua força transformadora para o Bem e eu também!
      Abraços fraternos!

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