Tuesday, May 13, 2014

13 de maio e a dor da liberdade cerceada

Não se calaram os sons das chibatas,
Torturando sem perdão;
E o mal da senzala retumba,
Neste povo que carrega a escravidão.

Há 126 anos então assinada,
Foi a lei da Áurea liberdade;
De seres humanos vilmente humilhados,
Que ainda sofrem com tal atrocidade.

Nos porões de consciências tiranas,
Julgamos o credo e a aparência;
Matamos homens de cores e valores,
Nos abarrotamos de prepotência.

Até quando o Brasil persistirá,
Em liberdade cerceada conferir;
Acumulando débitos e ruínas,
Avesso a reforma e um novo porvir.

13 de maio que parou em 1888,
Aguardamos sua libertação;
Pedimos a nobre Isabel,
Que de novo interceda pela nação.

Fraternalmente,

Refletindo o Espiritismo

2 comments:

  1. Explêndido! Não tenho palavras para conseguir agradecer. É tão importante sobre esse tema refletirmos, pois a escravidão física é reflexo de nossa escravidão moral. Quem é o capataz senão aquele que pela ausência de amor próprio deseja ver no outro, o sofrimento de sua alma amargurada. Se coitado é o escravo que sofre abusos, mais coitada ainda é a mente desequilibrada que o castiga com as chibatadas. Oremos por todos, pois é pelo amor que verdadeiramente nos libertaremos.

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    1. Muito obrigada pelas suas palavras Igor! Sempre nos abrilhantando!
      Esses são versos de realidade, mas não de descrença num futuro melhor!
      Para melhorar faz-se necessário repugnar a desgraça que nos atola. Calando-nos não movemos a roda do progresso.
      Abraços!

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