Friday, May 9, 2014

A maternidade

Pensamos muito sobre o que escrever em homenagem às mães este ano. E todas as tentativas não superaram as tão emocionantes, profundas, porém, singelas palavras do irmão Alírio de Cerqueira Filho, que publicamos no ano passado.

Então, decidimos reproduzir, novamente, os ensinamentos de Alírio, que nos emocionam a cada nova leitura. Feliz dia das mães!

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 “...Dentro de uma visão psicológica transpessoal, espiritual profunda, a mãe é o arquétipo da ligação com Deus. A função principal da mãe é a de fornecer esse modelo de ligação da criança com Deus, porque é a mãe que nos gera. Ao nos gerar, ela nos propicia a existência momentânea no corpo, da mesma forma que Deus nos gera a existência espiritual. Divide conosco as suas emoções mais íntimas durante toda a gestação.
Por isso ela nos deve dar respaldo emocional, aconchego e orientação. Até aos sete primeiros anos de vida é a nossa extensão, por isso é o Arquétipo Divino.”

“...Deus é o criador, e a mãe é co-criadora por excelência...”
“...a mãe co-cria oferecendo o seu próprio corpo, seu sangue, sua vida, toda uma série de funções biológicas, bem como espirituais.”

“...Durante a concepção há um acoplamento do perispírito do filho ao perispírito da mãe para o seu nutrimento não apenas biológico, mas, sobretudo, espiritual. Essa ligação energética espiritual é tão forte que perdura até aos sete anos de vida da criança, por uma espécie de cordão umbilical fluídico que une intensamente o filho à sua mãe.”
“...O Espírito é acoplado ao perispírito da mãe, permanencendo ligado por esse cordão fluídico que é criado no instante da concepção. Durante toda a gestação haverá o desenvolvimento do cordão umbilical físico. Na hora do parto é necessário cortar o cordão umbilical do corpo físico, porque uma parte dele prende-se à placenta que vai ser descartada. Corta-se e há um desfazimento do cordão umbilical físico, mas o fluídico permanece.

O cordão umbilical fluídico permanece estabelecendo a ligação perispiritual. A criança, ao sair do útero da mãe, não tem mais a ligação física, mas continua existindo a ligação psíquica e perispiritual.”
“...Esse cordão umbilical fluídico vai persistir de uma forma mais intensa até o final da primeira infância, aos 7 anos, quando se completa a reencarnação do Espírito. Na segunda infância, começa a se desfazer para desaparecer completamente no início da adolescência. Dessa ligação fluídica, perispírito com perispírito, é que surge esse sexto sentido que as mães, que realmente aceitam ser representantes do Arquétipo Divino, têm em relação aos seus filhos.”

“...Esse cordão fluídico é necessário porque há uma relação de dependência grande entre a mãe e a criança. A criança já pode viver fora do útero da mãe, mas não pode viver independentemente da mãe. A criança requer amamentação, carinho, cuidado e por isso essa ligação energética permanece.
Como a mãe é o Arquétipo Divino é ela que faz a ligação da criança com Deus. Esse cordão fluídico vai ser fundamental nessa ligação. É a mãe que tem como compromisso oferecer suporte emocional. Na primeira infância isso é até mais importante que a alimentação, como indicam muitas pesquisas em relação à afetividade na primeira infância.

No caso de crianças órfãs ou das que são abandonadas por suas mães, essa ligação fluídica vai ser reestabelecida pela mãe adotiva. No caso de não haver essa substituição, uma grande expiação para o espírito encarnado, o desenvolvimento da criança não é normal.”
“...Então, por isso tudo, por essa especialidade da mulher-mãe, ela terá com seu filho todo esse encanto maior e, se ela souber fazer uso disso, essa mãe, talhada pelo Arquétipo Divino, terá condições de tornar um Espírito despótico, reencarnado para transformar esse caráter, em um ser brando e humilde de coração, conforme convida Jesus.

Portanto, a mãe é o Arquétipo do Divino em todos nós. O objetivo principal da maternidade é ser esse Arquétipo Divino, que remete o filho a Deus. A maternidade é algo verdadeiramente sagrado.”
*arquétipo – modelo ou padrão passível de ser reproduzido; imagem primordial.


Fraternalmente,

Refletindo o Espiritismo

2 comments:

  1. É de fato um lindo texto e com um ensinamento riquíssimo em amor. Gosto muito dos cursos do Alírio de Cerqueira Filho e agradeço por você, amada irmã em Cristo, compartilhar conosco! Abraços fraternos!

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    1. Querido Igor, muito obrigada pelo seu carinho!
      Como sempre você nos dando a alegria da sua visita e fraternal contribuição.
      Eu também sou fã dos cursos do Alírio.
      Abraços amigo!

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