- Ora essa, meu
amigo – disse, por fim, mostrando bom humor -, não reconheceu aquelas
personagens?
Fundamente
desapontado, nada consegui responder, mas Narcisa continuou:
- Também eu, por
minha vez, experimentei a mesma surpresa, em outros tempos. Aqueles são os nossos
próprios irmãos da Terra. Trata-se de poderosos espíritos que vivem na carne em
missão redentora e podem, como nobres iniciados da Eterna Sabedoria, abandonar
o veículo corpóreo, transitando livremente em nossos planos. Os filamentos e
fios que observou são singularidades que os diferenciam de nós outros. Não se
arreceie, portanto. Os encarnados, que conseguem atingir estas paragens, são
criaturas extraordinariamente espiritualizadas, apesar de obscuras ou humildes
na Terra.
E,
encorajando-me bondosamente, acentuou:
- Vamos até lá.
Temos quarenta minutos depois de meia-noite. Os Samaritanos não podem tardar.
Satisfeito,
voltei com ela ao grande portão.
Lobrigava-me,
ainda, a enorme distância, os dois vultos que se afastavam de “Nosso Lar”,
tranquilamente.
A enfermeira
contemplou-os, fez um gesto expressivo de reverência e exclamou:
- Estão
envolvidos em claridade azul. Devem ser dois mensageiros muito elevados na
esfera carnal, em tarefa que não podemos conhecer...”
(Livro: Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, editora FEB)
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
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