E para tal,
passamos a palavra a Luiz Pessoa Guimarães.
Espiritismo (Somente Espiritismo)
Quando Allan
Kardec apôs ao nome de algumas de suas obras a informação: “Segundo o Espiritismo”,
sua intenção, foi uma só. Informar que aquelas obras foram escritas em conformidade
com “O Livro dos Espíritos”. “Os mesmos escrúpulos havendo presidido a redação
das nossas outras obras, pudemos com toda a verdade, dizê-las: segundo o
Espiritismo,...”. (A Gênese – Introdução).
“Generalidade
e concordância no ensino, esse o caráter essencial da doutrina, a condição
mesma da sua existência, donde resulta que todo o princípio que ainda não haja
recebido a consagração do controle da generalidade não pode ser considerado
parte integrante desta mesma doutrina. Será uma simples opinião isolada, da
qual não pode o Espiritismo assumir a responsabilidade.” (A Gênese –
Introdução).
“Numa
palavra, o que caracteriza a revelação espírita é ser divina a sua origem e da
iniciativa dos espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.”
“Cada centro encontra, nos outros centros o complemento do que obtém, e foi o
conjunto, a coordenação de todos os ensinos parciais que constituíram a
doutrina espírita.” (A Gênese – Caráter da Revelação Espírita).
Conforme
demonstrado acima, o Espiritismo é um corpo de doutrina de iniciativa dos
espíritos (O Livro dos Espíritos) e complementado pelos espíritos como “a
resultante do ensino coletivo e concorde por eles dado. Somente sob tal
condição se lhe pode chamar doutrina dos Espíritos.” (A Gênese – Introdução).
Desta forma,
assim como não falamos “doutrina Chiquista”, “doutrina Denista”, “doutrina
Delannista”; não é coerente nos expressarmos à doutrina dos Espíritos, como:
“doutrina Kardecista”. Se nos acostumarmos com a expressão “Espírita
Kardecista” iremos sancionar as outras expressões “Espirita Umbandista”,
“Espirita de Mesa Branca”. Não: Espiritismo é um só corpo de doutrina muito bem
delineado. Se porventura, alguém ainda se expressa desta forma, faça chegar até
ele este nosso artigo, pois, em conhecendo a Verdade, esta nos libertará.
Luiz Pessoa
Guimarães14 de fevereiro de 2013 - Vade Mecum Espírita
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
A origem do termo "Kardecista" vem do preconceito que muitas pessoas enfrentam quando se faziam comparações injustas entre o Espiritismo e as doutrinas africanas como por exemplo a Umbanda e o Candomblé.
ReplyDeleteAs práticas de trabalhos de amarração, macumbas, adorações a imagens, usos de nomes como mães e pais de santo, oferendas e sacrifícios, etc... criavam certo pavor nas pessoas mais ignorantes justamente pelo desconhecimento das diferenças entre o Espiritismo, sublime doutrina baseada apenas no amor e na caridade, e as doutrinas africanas com rituais bem distintos e que poderiam tender a práticas até mesmo prejudiciais ao próximo.
Eu não adoto o termo "Kardecista" ou "Kardecismo", mas compreendo a falta de conhecimento de quem o faz e quando possível procuro esclarecer, sem ofender e sem humilhar, mas buscando nas próprias obras espíritas a explicação correta.
Na primeira página do livro "O Livro dos Espíritos" temos a seguinte citação:
"Todo aquele que segue a doutrina dos Espíritos é chamado de Espírita ou Espiritista."
Portanto, realmente não existe "kardecista".
Sempre nos brindando amigo Igor!!! Que Deus te abençoe!!!!
DeleteÉ isso... vamos mudando, com amor e carinho, este erro de definição, e fazer jus a luta de Kardec em deixar muito claro que a Doutrina é dos Espíritos e não dele. Tanto que para tal ele criou as palavras Espiritismo e Espírita!
Abraços!!!