2. Apresentaram-lhe
então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos
afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso,
zangou-se e lhes disse: “Deixai que venham a mim as criancinhas e não as
impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. – Digo-vos,
em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele
não entrará.” – E, depois de as abraçar, abençoou-as, impondo-lhes as mãos. (S.
Marcos, cap. X, vv. 13 a 16.)
3. A pureza do
coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de
egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa
pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.
Poderia parecer
menos justa essa comparação, considerando-se que o Espírito da criança pode ser
muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de
que se não tenha despojado em suas precedentes existências. Só um Espírito que
houvesse chegado à perfeição nos poderia oferecer o tipo da verdadeira pureza.
É exata a comparação, porém, do ponto de vista da vida presente, porquanto a
criancinha, não havendo podido ainda manifestar nenhuma tendência perversa, nos
apresenta a imagem da inocência e da candura. Daí o não dizer Jesus, de modo
absoluto, que o reino dos céus é para
elas, mas para os que se lhes
assemelhem.
(O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – ed. FEB)
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