O Centro
Espírita não surge arbitrariamente, nem por determinação de alguma instituição superior
do movimento doutrinário. Ele é sempre o produto espontâneo de uma comunidade espírita
que se formou num bairro, numa vila ou numa cidade. Essa comunidade é sempre extremamente
heterogênea, formada por espíritas e simpatizantes da Doutrina, membros de correntes
espiritualistas diversas e de religiosos indecisos ou insatisfeitos com as
seitas que se filiaram ou a que pertencem por tradição familiar.
No
desempenho da sua função, o Centro Espírita é, sobretudo, um centro de serviços
ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual. O ensino
evangélico puro, as preces e os passes, além do trabalho de doutrinação,
representam um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos
sofredores de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados
da mesma assistência.
“Depois da
primeira hora, aquela do despertamento para realidades do existir, será
indispensável vivermos a cooperação enobrecedora, evitando esbarrar com
impedimentos do fanatismo ou da contemplação extasiada”.
Dirigentes,
auxiliares e freqüentadores de um Centro Espírita bem organizado sabem que a
obra de Kardec é de cunho científico, filosófico e religioso de estrutura
dinâmica, não estática, mas cujo desenvolvimento exige estudos e pesquisas do
maior rigor metodológico, realizadas com humanidade, bom-senso, respeito à
Doutrina e condições culturais superiores. Opiniões pessoais, palpites de
pessoas pretensiosas, livros mediúnicos ou não de conteúdo mistificador, cheios
de absurdos ridículos - seja o autor quem for – não têm nenhum valor para um
verdadeiro Centro Espírita.
“[...] Não
podemos compreender a doutrina Espírita sem estudo continuado e perseverante,
como jamais entenderemos espiritistas sem tarefas determinadas no grande
movimento de renovação de almas [...]”.”A evangelização de crianças e jovens
contará com a participação de servidores adestrados na arte de ensinar e
transmitir, que buscarão atualizar-se permanentemente, reconhecidos de que a
obra de orientação humana exigirá devotamento e circunspecção”.
As sessões
espíritas de doutrinação e desobsessão provaram sua eficácia desde Kardec até
os nossos dias, enquanto as opiniões contrárias não se firmam senão em opiniões
pessoais, palpites deduzidos de falsos raciocínios, por falta de real
conhecimento desse grave problema.
Os Centros
Espíritas bem organizados e bem orientados não se deixam levar por palpites,
pois possuem suficiente experiência nesse campo altamente melindroso de suas
atividades doutrinárias. Da mesma maneira, os que pretendem que as sessões dos
Centros sejam dedicadas apenas às manifestações de Espíritos Superiores,
revelam egoísmo e falta de compreensão doutrinária.
Os serviços
assistenciais à pobreza, prestados pelos Centros Espíritas, constituem a
contribuição espírita para o desenvolvimento de nova mentalidade social em
nosso mundo egoísta. Não basta semear idéias fraternas entre os homens, é
necessário concretizá-las em atos pessoais e sinceros. O Centro Espírita
funciona como um transformador de idéias fraternas em correntes de energias
ativas nesse plano.
A autoridade
cultural e moral dos dirigentes integrada aos tarefeiros e espíritos
protetores, que propagam as orientações da doutrina, transformam o Centro
Espírita em um local privilegiado, no qual seus freqüentadores encontram além
de um local agradável, orientações para suas dúvidas. O Centro que se esquece
disso cai fatalmente em situações negativas, adotando práticas anti-espíritas e
enveredando pelo caminho divergente a Kardec e ao Espírito da verdade. As
conseqüências são altamente prejudiciais a todo movimento espírita.
Muitos
dirigentes despreparados, quando vêem os Centros Espíritas os quais dirigem
perderem freqüentadores e tarefeiros, acreditam estar passando por “ataques das
trevas”; porém, não se trata de nenhum problema sobrenatural, mas simplesmente
de falta de vigilância, principalmente contra o orgulho e a vaidade, que levam
muitas pessoas a quererem parecer mais do que outras.
Temos no Brasil o maior e mais ativo movimento espírita do planeta.
A expansão do Espiritismo em nossa terra é incessante e prossegue em ritmo acelerado. Mas ocorre infelizmente, em nosso País, um imenso esforço de “igrejificar” o Espiritismo, de emparelhá-lo com as religiões, formandos por toda parte pouquíssimos Centros Espíritas e muitos núcleos místicos e, portanto, fanáticos, desligados da realidade imediata.
Temos no Brasil o maior e mais ativo movimento espírita do planeta.
A expansão do Espiritismo em nossa terra é incessante e prossegue em ritmo acelerado. Mas ocorre infelizmente, em nosso País, um imenso esforço de “igrejificar” o Espiritismo, de emparelhá-lo com as religiões, formandos por toda parte pouquíssimos Centros Espíritas e muitos núcleos místicos e, portanto, fanáticos, desligados da realidade imediata.
“Se os
espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, qual é realmente a sua função e
a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento
cultural e espiritual da Terra”.
Fonte: Marcos
Paterra - Jornal Espírita de Osasco SP e Vade Mecum Espírita
Leia também: Vaticanos Espíritas
Fraternalmente,
Refletindo o Espiritismo
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