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UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
344. Em que momento a alma
se une ao corpo?
“A união começa na concepção, mas
só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito
designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que
cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O
grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos
e dos servos de Deus.”
345. É definitiva a união
do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira
fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?
“É definitiva a união, no sentido
de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo.
Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se
rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova
que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.”
351. No intervalo que
medeia da concepção ao nascimento, goza o Espírito de todas as suas faculdades?
“Mais ou menos, conforme o ponto,
em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado.
A partir do instante da concepção, começa o Espírito a ser tomado de
perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência
corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao nascimento. Nesse
intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o
sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam,
assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição
de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a
pouco ao retornar ao estado de Espírito.”
352. Imediatamente ao
nascer recobra o Espírito a plenitude das suas faculdades?
“Não, elas se desenvolvem
gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa existência nova; preciso é que
aprenda a servir-se dos instrumentos de que dispõe. As idéias lhe voltam pouco a
pouco, como a uma pessoa que desperta e se vê em situação diversa da que
ocupava na véspera.”
(Livro: “O Livro dos
Espíritos”, Allan Kardec, cap. VII, Da Volta do Espírito à Vida Corporal, União
da Alma e do Corpo – ed. FEB)
Fraternalmente,
Refletindo o
Espiritismo
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